Relatos da época detalham perda de paladar e olfato; idosos foram as maiores vítimas
Redação Publicado em 19/02/2022, às 12h12
Especialistas em vírus e historiadores da medicina estão tentando descobrir se a gripe russa, que teve início em Bukhara, em maio de 1889, foi provocada por um tipo de coronavírus.
Na época, pessoas precisaram ser internadas e muitas acabaram morrendo, especialmente os idosos. Além disso, escolas e fábricas tiveram de ser fechadas em razão do alto número de contaminados.
O mais estranho é que algumas das pessoas infectadas relataram terem tido perda de olfato e paladar. Outras acabaram tendo de enfrentar uma exaustão persistente mesmo após terem se recuperado da doença. A gripe russa teve fim alguns anos depois de seu surgimento, após ao menos três ondas de infecção.
De acordo com a Folha, cientistas acreditam que, caso a gripe do passado tenha sido de fato provocada por um coronavírus, talvez possamos obter pistas sobre como a pandemia que vivemos atualmente se desenvolverá, assim como prever o seu fim.
Alguns historiadores, porém, apresentam cautela quanto ao estudo. Frank Snowden, da Universidade de Yale, declarou que "há muito pouco, quase nenhum dado concreto" sobre a pandemia de gripe na Rússia.
No entanto, biólogos moleculares afirmam que hoje em dia existem ferramentas para extrair fragmentos de vírus antigos presentes em tecidos pulmonares preservados de vítimas da gripe russa.
É, portanto, possível descobrir que tipo de vírus atingiu aquela população, tanto que alguns pesquisadores já estão em busca desses materiais em museus e escolas de medicina.
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