Série Vikings - History Channel
Idade Média

Pesquisa revela que vikings usavam chás alucinógenos para ficarem violentos

Muitos guerreiros e saqueadores aproveitavam os efeitos da droga para melhorarem sua performance na batalha, abusando da euforia

André Nogueira Publicado em 19/02/2020, às 07h00 - Atualizado às 07h47

Uma nova pesquisa revelou que os vikings faziam uso de chás alucinógenos antes de batalhas, para realizarem seus ataques com hiperagressividade e com menor sensibilidade contra ataques físicos. Segundo esse estudo, essas personagens corriam nus nos campos de batalha, sob efeito da droga. Focou-se na figura específica do Beserker, guerreiros lendários que destruíam tudo em sua frente.

Por conta do uso desses alucinógenos, feitos com base na planta hanbane fedorento, esses guerreiros deveriam ter picos de euforia, que acabavam em condições de falta de fôlego e cansaço extremo no fim da guerra. Por conta disso, eles tinham o ápice do efeito da droga no campo e, depois, acabavam voltando aos próprios acampamentos, onde descansavam por dias.

Segundo os cientistas, a planta usada nesses chás possuem dois alucinógenos, o hyoscyamine e escopolamina, que são bastante potentes. Seu uso em guerra "teria reduzido a sensação de dor e os tornariam selvagens, imprevisíveis e altamente agressivos", segundo relatou o etnobotânico Karsten Fatur ao The Times.

Hyoscyamus niger, o hanbane fedorento / Crédito: Wikimedia Commons

 

Ele afirmou ainda que o álcool podia ser usado no mesmo sentido. "Esta planta tem sido usada como intoxicante em muitas culturas europeias, por isso é razoável supor que os vikings também sabiam o que podiam fazer e encontravam maneiras de empregá-la".

Entre outros efeitos desse chá, havia a dissociação, que permitia “que matassem indiscriminadamente, sem escrúpulos morais". Os efeitos dessa substância eram tão extremos que ela chegou a ser proibida nas receitas de cerveja no século 16. "Esta planta tem sido usada como intoxicante em muitas culturas europeias, por isso é razoável supor que os vikings também sabiam o que podiam fazer e encontravam maneiras de empregá-la", afirmou Fatur.

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