O Programa Brasileiro Arqueológico no Egito divulgou recentemente novas perspectivas que surgiram como resultado do trabalho
Penélope Coelho Publicado em 05/02/2021, às 12h39
De acordo com informações divulgadas pelo portal da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), após diversas investigações no território egípcio, o Programa arqueológico brasileiro no Egito, conseguiu ‘trazer’ os antigos faraós para a modernidade.
Isso porque a pesquisa coordenada pela UFMG averigua as ocupações contemporâneas em tumbas no Egito e revela uma nova perspectiva sobre o período faraônico. Segundo descrito na publicação, o Programa Brasileiro Arqueológico no Egito (Bape, de Brazilian Archaeological Program in Egypt) apresentou recentemente os resultados do trabalho.
A pesquisa está sendo feita na Necrópole Tebana, localizada em Luxor, no Egito e revela uma nova maneira de entender o passado, reconhecendo que os patrimônios das tumbas não apresentam somente uma única realidade fixa.
De acordo com a reportagem, as antigas tumbas são vistas pelos moradores locais como espécie de ‘casa mais moderna’, o que explica a mudança na paisagem com o tempo. Agora, os especialistas entendem a região como um espaço determinado pelas relações que acontecem no local.
“Percebemos que nossa visão normativa dificultava um olhar alternativo na prática arqueológica”, revelou o coordenador da pesquisa, José Roberto Pellini. Segundo o pesquisador, essa nova visão trouxe à tona uma perspectiva diferente para a discussão.
“Quem poderia imaginar que uma tumba egípcia que atrai milhões de turistas de todo o mundo poderia ser usada para secar esterco ou criar galinhas? Essa não é a imagem que temos de uma tumba do período faraônico, nem a imagem que circula nos documentários. Mais do que oferecer esse novo ponto de vista, queremos invocar outras possíveis realidades. É uma tumba, mas também já foi uma casa”, afirma Pellini.
Sobre o Egito Antigo
O Egito Antigo atrai e fascina muita gente no Brasil e no mundo, chamando a atenção não só dos fãs de história, antenados nas últimas descobertas, mas também entre pesquisadores ao redor do globo, que sonham em participar de escavações no país e declarar incríveis descobertas.
Corriqueiramente são encontrados novos objetos ou investigados monumentos já conhecidos, mas nunca antes abertos, o que gera imagens incríveis de olhar, interiores de túmulos, grandes painéis, pinturas épicas e uma interessante gama de objetos com mais de 3.000 anos.
Além das grandiosas obras de engenharia e arquitetura, os antigos egípcios criaram o calendário, a pasta de dentes, a operação no cérebro e até palavras que usamos no Brasil
Apesar de todo o mistério que cerca grande parte dos feitos dos antigos egípcios, algumas realizações, descobertas e hábitos daquele povo estão hoje entre nós.
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