O estudo foca em eventos de risco existencial e o que fazer para impedir essas catástrofes
Giovanna de Matteo Publicado em 13/10/2020, às 09h00
O Centro para Estudo de Risco Existencial da Universidade de Cambridge iniciou uma pesquisa onde investiga causas e consequências que podem ser as razões que levarão ao colapso da humanidade.
"É o primeiro século em que uma espécie, a nossa, possui tanto poder e é tão dominante que tem o futuro do planeta em suas mãos", escreveu o astrônomo britânico Martin Rees em On The Future: Prospects for Humanity (Sobre o Futuro: Perspectivas para a Humanidade, em tradução livre). "O que está em jogo é mais importante do que nunca; o que acontecer neste século será sentido por milhares de anos", afirma o líder do estudo americano.
Em uma palestra em 2014, ele já havia alertado sobre os perigos que poderiam causar uma catástrofe mundial, onde declarou que "os piores perigos vêm de nós": "E não há só a ameaça nuclear. No nosso mundo interligado (...) as viagens aéreas podem espalhar pandemias em questão de dias e as redes sociais podem espalhar pânico e boatos literalmente à velocidade da luz".
Um evento de risco existencial pressupõe o aniquilamento de todos os seres humanos ou uma redução populacional tão grande que cause um colapso das civilizações. As causas mais prováveis se dividem em cinco áreas: riscos biológicos, ambientais, tecnológicos, derivados da inteligência artificial e injustiças sociais.
A bióloga molecular peruana Clarissa Ríos Rojas, que participa da pesquisa de Cambridge, se esforça em identificar por que as previsões de catástrofes não são levadas à sério pelas populações mundiais e, desse modo, pretende criar políticas públicas para evitar ou remediar esses eventos.
Para ela, uma forma de incluir essas lições nas políticas globais seria a criação de equipes governamentais especializadas em analisar os riscos de um cataclismo vinculados a um país ou região, gerando então protocolos de ação para o combate das tragédias.
Apesar de colocar o peso sobre políticas públicas, ela também alerta sobre a responsabilidade mútua: "Se quisermos colocar esses temas na agenda política, é preciso haver um esforço conjunto e não só da Universidade de Cambridge". "Precisamos de uma mentalidade de cidadania global", disse ela à BBC Mundo.
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