Em um estudo esplendido, pesquisadores conseguiram identificar o consumo há 3.500 anos
Redação Publicado em 18/04/2021, às 08h00
Uma pesquisa impressionante foi divulgada por pesquisadores da Universidade Bristol (Reino Unido) e também da Universidade Goethe, localizada na Alemanha, no Nature Communications.
Trata-se da revelação do mais antigo registro que compreende a busca por mel na África.
Para se ter ideia da relevância da pesquisa, o estudo se deu após uma descoberta durante a exploração de restos de cerâmica que remontam a África Ocidental da pré-história.
É importante ressaltar que a descoberta se deu de maneira inesperada, já que foi através do estudo da dieta dos Nok, povo que viveu entre 5 a.C e 2 d.C, no que hoje compreende a Nigéria, que o time de pesquisadores descobriu a informação que demos acima.
O objetivo inicial era entender a alimentação dos Nok. Afinal, o assentamento é marcado por solos que tem como grande característica a acidez, assim não sendo totalmente adequado para o cultivo de plantas.
Assim, diante da falta de restos de bichos e vegetais, a solução encontrada pelos estudiosos foi analisar os cacos de cerâmica dos Nok, especificamente 458 deles. Peter Breunig, que é professor na Universidade de Goethe e também diretor do projeto Nok, revelou o que o grupo buscava a partir da análise.
“Nossa expectativa era encontrar evidências de processamento de carne nos potes”, disse Peter através de um comunicado. “(Descobrir) Que o povo Nok explorou mel 3.500 anos atrás foi completamente inesperado e é único na pré-história da África Ocidental”.
Assim, se tornou possível encontrar não só gordura, mas também a existência de óleos e ceras. Esse passo se deu através de uma análise química.
Bom, foi neste passo que os estudiosos perceberam uma grande presença de lipídios em alguns dos cacos. Assim, é possível entender que os itens foram utilizados com o objetivo de manter o mel (tanto para cozinhar ou aquecer).
A pesquisa curiosa explica que assim, o mel poderia ter sido um complemento para alguns ou também guardado para ser consumido depois.
É necessário destacar que a descoberta se torna única a partir do momento em que não existem tantas revelações sobre o uso do mel na pré-história.
Leia o estudo completo aqui.
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