Atualmente, o fóssil é considerado um australopiteco, uma espécie mais parecida com os chimpanzés do que com a nossa espécie
Alana Sousa Publicado em 11/12/2018, às 12h32 - Atualizado às 13h49
De tantas peças que formam o quebra-cabeça ainda incompleto da linha evolutiva dos seres humanos, o Pé Pequeno é uma das que mais causa polêmica. Descoberto por partes, estudada muito devagar, ao longo das últimas duas décadas, o fóssil foi classificado como australopiteco, um ancestral da nossa espécie, que já não andava sobre quatro patas, mas tinha cérebro muito menor e maxilar muito maior do que os humanos.
Agora, quatro diferentes grupos de pesquisadores defendem uma mudança na classificação do Pé Pequeno: ele deveria, dizem eles, ser considerado como uma nova espécie de humanos. Isso porque é muito mais parecido conosco do que os australopitecos.
"Pé Pequeno" é como ficou conhecido o esqueleto encontrado em 1992 por Ronald Clarke, pesquisador da Universidade de Witwatersrand. Só a partir da década atual é que mais detalhes sobre ele vieram a tona, até porque os ossos estavam presos a uma parede de rocha dura da caverna de Sterkfontein, localizada perto de Johanesburgo, na África do Sul. Só para recuperar todo o esqueleto foram necessários dez anos de trabalho.
Hoje sabe-se que o Pé Pequeno tem 3,67 milhões de anos. A pesquisa mostra que o esqueleto pertencia a uma mulher que media cerca de 1 metro de altura e possuía as pernas mais longas que os braços, sinal de que já era bípede. Era também vegetariana e tinha tamanho de cérebro e formato de crânio mais próxima da dos humanos modernos.
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