Em um culto transmitido pela internet o pastor afirmou que, se pudesse, 'matava tudo', ao se referir a comunidade LGBT
Redação Publicado em 04/07/2023, às 15h10
O Ministério Público Federal abriu um procedimento para investigar suposto ato de homotransfobia por parte do pastor André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha, que tem sua sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, durante pregação em Orlando, nos Estados Unidos, que foi transmitida simultaneamente nas redes sociais, conforme repercutido pela Uol.
Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, 'já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso', agora tá com vocês. Deus deixou o trabalho sujo para nós", declarou o pastor.
O senador Fabiano Contarato, do PT, se pronunciou em suas redes sociais pedindo que o pastor respondesse pelo crime cometido: "Vamos representar criminalmente para que ele responda por manipular a fé e incitar a violência", afirmou o senador em sua conta do Twitter.
A deputada federal Erika Hilton, do PSOL, também se manifestou contra a intolerância com a comunidade LGBTQIA+ e afirmou que o pastor "não pode permanecer impune", e reiterou que "não se trata de liberdade de expressão, e sim de repetidos crimes, agora com evidentes tons de crueldade".
Após essas manifestações, a deputada acionou o Ministério Público de Minas Gerais que afirmou que irá apurar os fatos e após as conclusões "encaminhará as medidas cabíveis ao caso".
Após tamanha repercussão, Valadão se justificou afirmando que a sua pregação não era sobre morte. "Nunca será sobre matar pessoas, Deus nos livre deste terrível pecado, violência ou discriminação, mas sobre a liberdade de viver o que crê... A cada dia que passa vemos leis, mídias, educação e um sistema mundial tentando ecoar a verdade da fé que um cristão genuíno carrega".
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