Em 1912, o luxo do navio mostrou-se inútil e a falta de precaução provocou uma tragédia. 107 anos após o naufrágio, turistas poderão conhecer os restos da embarcação no oceano gelado
Joseane Pereira Publicado em 25/06/2019, às 08h00
Para os fãs de Jack e Rose dispostos a gastar, a companhia de exploração privada Ocean Gate oferecerá passeios até os destroços do navio Titanic, que afundou em 1912 no Atlântico Norte.
Por 125 mil dólares (aproximadamente 480 mil reais) será possível submergir os 4 km até o famoso navio, em um clima agradável e acolhedor ao lado de especialistas na história do Titanic. “Isso amortecerá o congelamento e as duas horas de descompressão nas águas profundas”, afirma o ex-banqueiro de investimentos Stockton Rush, fundador da Ocean Gate.
Viagem profunda
Oficialmente chamado de Titanic Survey Expedition, cada mergulho ou “missão” é uma experiência de 10 dias que inclui oficinas de treinamento com especialistas subaquáticos, além de acomodações e refeições a bordo do navio de apoio.
A cada descida, que demora cerca de 90 minutos, três clientes serão acompanhados por um piloto e um historiador, que relatará informações sobre o naufrágio. Lá embaixo, os passageiros terão 3 horas de tempo livre para explorar os destroços, junto a biólogos e especialistas marinhos.
Stockton Rush, idealizador do projeto, é obcecado por mergulhos em águas profundas. Apesar de argumentos contrários, ele acredita que os submarinos são perfeitamente seguros como veículos de turismo. “Não houve uma lesão na sub-indústria comercial em mais de 35 anos. É muito seguro, porque eles têm todos esses regulamentos. Mas também não houve inovação nem crescimento - porque eles têm todos esses regulamentos”, afirmou Rush.
Em estudo encomendado por ele, pesquisadores notaram que havia um grande apetite por viagens de aventura “participativas” ao oceano profundo. As expedições submarinas em locais históricos, realizadas pelo Ocean Gate desde 2009, servem à função multiuso de exploração científica, resposta a desastres e especulação de recursos.
O primeiro submarino de sucesso, Titã, tem uma fibra de carbono forte o suficiente para suportar a enorme pressão que envolveria o mergulho a uma profundidade de 13.000 pés (4 km).
Os primeiros testes de pressão e temperatura já foram realizados, e Titã foi considerado pronto para mergulhar nas profundezas das ruínas do Titanic. O lançamento está previsto para o próximo ano, e muitos dos assentos já estão comprados.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro