Guarda Revolucionária vêm sendo criticada pela repressão violenta aos protestos que tomaram conta do Irã
Redação Publicado em 19/01/2023, às 13h48
Nesta quinta-feira, 19, o Parlamento europeu emitiu um comunicado para a União Europeia (UE) solicitando que o órgão incluísse a Guarda Revolucionária do Irã na lista de organizações terroristas do bloco. Posteriormente, o governo iraniano condenou a decisão.
Segundo informações publicadas pelo portal G1, o texto foi aprovado durante uma sessão no Parlamento realizada pelos deputados europeus. A justificativa pedia ainda que as forças Al-Quds e a milícia Basij, filiadas à Guarda, também deveriam ser colocadas na lista.
A Guarda Revolucionária do Irã é uma divisão das Forças Armadas do território que foi fundada depois da Revolução Iraniana, em 1979. A função da organização, conforme estabelecido pela Constituição, é proteger os líderes políticos, defender a fronteira, fiscalizar as ruas e conter possíveis protestos.
Em resposta às novas medidas do Parlamento, Hossein Amir Abdollahian, ministro das Relações Exteriores iraniano, afirmou em comunicado que haverá "consequências negativas”. Além disso, ele “criticou fortemente a posição emocional do Parlamento Europeu e qualificou a decisão como inadequada e incorreta".
Os problemas enfrentados pelo Irã vão além das questões políticas e econômicas. Desde setembro, após a morte de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos que morreu sob custódia do Estado por “uso inadequado do véu islâmico”, o país recebe uma série de protestos contra os governantes.
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