Líder religioso foi entrevistado por mídia italiana no último domingo
Fabio Previdelli Publicado em 07/02/2022, às 10h51
No último domingo, 6, o programa “Che Tempo Che Fa”, da RAI, recebeu o papa Francisco em uma longa entrevista. Entre os assuntos abordados, o pontífice voltou a falar sobre um tema recorrente em seus discursos: a crise migratória.
"Aquilo que se faz com os migrantes é criminoso. Para chegar ao mar, eles sofrem muito. Há imagens, há campos de concentração feitos por traficantes, o que sofrem nas mãos dos traficantes aqueles que querem fugir”, declarou.
Ao apresentador Fabio Fazio, o líder da Igreja Católica também falou sobre aqueles que saem em busca de uma vida melhor, mas acabam rejeitados. “Depois, eles sofrem quando arriscam a travessia no Mediterrâneo, e depois, algumas vezes, eles são rejeitados.
Alguns que têm responsabilidades locais dizem 'aqui eles não entram', e esses navios devem circular para achar um porto. 'Não, que morram no mar'. Isso é o que acontece hoje".
É uma verdade que cada país deve dizer quantos migrantes pode acolher, isso é um problema de política interna e deve ser bem pensado", continua Francisco.
De acordo com o o papa, não são todos os países da Europa que abrem as portas para os migrantes. "Mas, para os outros, há a União Europeia e isso se faz com equilíbrio e comunhão. Agora, há uma injustiça: eles vem para Espanha e Itália, os países mais próximos, não têm outros que recebem".
O pontífice também respondeu perguntas sobre como enxerga a relação entre pais e filhos na sociedade atual e como o mundo precisa “cuidar da Mãe Terra”: "Uma vez, os pescadores de San Benedetto del Tronto acharam uma tonelada de plástico no mar e limparam tudo daquele lixo. Jogar plástico no mar é criminoso, mata a terra. Precisamos proteger a biodiversidade e tomar cuidado das criaturas feitas pelo Criador".
Para finalizar, o religioso foi questionado sobre seus gostos pessoais e sua vida antes da Igreja Católica.
"Quando criança queria ser açougueiro pelo dinheiro, eles têm muito dinheiro. Gostava também de química, a medicina e quis entrar na faculdade de Medicina. Mas, aos 19 anos, chegou a vocação e eu fui para um seminário".
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