Conhecido como o maior ser vivo do planeta, Pando ocupa uma área de 420 mil metros quadrados
Éric Moreira Publicado em 20/09/2022, às 16h05
Quando se pensa no maior ser vivo do planeta, muitas pessoas pensam em elefantes, enquanto outras imaginam uma baleia-azul — de fato, o maior animal existente. No entanto, o que se caracteriza de fato como o maior ser vivo do planeta se chama Pando, e mais se parece com uma floresta, aos olhos de muitos.
Pando é o nome dado a uma enorme colônia vegetal localizada no centro-sul do estado de Utah, nos Estados Unidos, na qual pode ser vista um conjunto geneticamente idêntico de álamos-trémulos. Enquanto normalmente uma árvore dessa espécie se estente por uma área de menos de 4 mil metros quadrados, Pando supera e atinge cerca de 42 hectares — equivalente a 420 mil metros quadrados — de terra, uma área equivalente a quase 60 campos de futebol.
O problema, no entanto, é que alguns cientistas vêm percebendo que a colônia vem morrendo gradativamente. De acordo com uma pesquisa publicada no dia 8 de setembro na revista Conservation Science and Practice, Pando está em declínio devido ao número elevado de animais herbívoros se alimentando dele.
Paul Rogers, autor da pesquisa e diretor da organização Western Aspen Alliance, organização que promove ecossistemas sustentáveis de álamos, chegou a avaliar Pando pela primeira vez há cerca de 5 anos. Já na época, ele apontou como o pastoreio de veados prejudicava o crescimento do organismo.
Era percebido que, a medida que árvores mais velhas morriam, não restavam novos brotos de álamos, o que viria, a longo prazo, a implicar no fim de Pando.
Como reação, e com intenção de defender Pando de animais, uma cerca foi erguida em torno do enorme ser vivo. No entanto, recentemente o organismo foi reavaliado e descobriu-se que somente 16% dele segue cercado e protegido.
Conforme o álamo-trémulo diminui gradativamente e morre, diversas espécies de animais dependentes dele, como algumas aves e frutos, acabam sendo prejudicadas junto, como informado pela Revista Galileu.
Acho que, se tentarmos salvar o organismo apenas com cercas, nos veremos tentando criar algo como um zoológico na natureza", critica Paul Rogers, enquanto aponta como a sobrevivência de Pando depende de se resolver a questão de muito gado e cervos na região.
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