O padre italiano Felice Palamara se preparava para tomar um gole de vinho em missa, quando percebeu cheiro suspeito; ele acredita que a máfia tentou envenená-lo
Éric Moreira Publicado em 26/02/2024, às 11h19
No último sábado, 24 de fevereiro, um padre do sul da Itália estava celebrando uma missa quando, prestes a tomar um gole de vinho na consagração da eucaristia, percebeu um cheiro incomum no cálice com a bebida. Depois, foi descoberto que o vinho estava misturado com água sanitária — o que se acredita ser uma tentativa de envenenamento pela máfia.
O padre Felice Palamara celebrava a missa na igreja de San Nicola di Pannaconi, em Cessaniti, uma pequena cidade na região da Campânia, quando aconteceu o incidente. Logo após perceber o cheiro estranho, a missa foi interrompida, e exames laboratoriais posteriores confirmaram que havia água sanitária misturada ao vinho.
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Após o incidente, Palamara passou a ter escolta policial constante. "A minha vingança chama-se amor, o meu escudo perdão, a minha armadura misericórdia… Não vou insistir nos obstáculos, nem me assustarei com a escuridão", escreveu em suas redes sociais.
Além dele, quem também se pronunciou foi o bispo local, Attilio Nostro. Ele disse ao The Guardian que a diocese "vivia um momento de sofrimento devido a atos de intimidação que nada têm a ver com a vida cristã normal das paróquias."
Por esta razão, apelo novamente às comunidades cristãs para que não desanimem com esta linguagem de violência. Não devemos ceder a esta lógica, deixando-nos tentar pela inquietação e pela raiva."
O padre Palamara, por sua vez, já se manifestou outras vezes contra a Camorra — organização mafiosa que surgiu na Campânia — e também já foi alvo de ataques anteriormente. Em outras ocasiões, já recebeu ameaças de morte, por meio de cartas, e também teve seu carro incendiado há algumas semanas, segundo o The Telegraph.
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Porém, ele também não é o único religioso do tipo que vem sendo ameaçado na Itália. Em outra ocasião, o padre Francesco Pontoriero, da paróquia de San Basilio Magno, encontrou um gato morto no capô de seu carro quando retornava de um jantar em Cessaniti. Por essa razão, não é incomum que padres andem com proteção policial no país.
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