Com 29 milhões de anos, os fósseis foram encontrados no estado do Oregon; a descoberta é o primeiro registro fossilizado de um ninho de ovos
Giovanna Gomes Publicado em 17/01/2024, às 11h12
Uma equipe de paleontólogos fez uma impressionante descoberta nos Estados Unidos: um ninho fossilizado de ovos com aproximadamente 29 milhões de anos, pertencente a uma espécie pré-histórica de gafanhoto.
Localizado no Monumento Nacional John Day Fossil Beds, no Oregon, o ninho contém 50 ovos em forma de grãos de arroz, revelando-se, por meio de microtomografias, como o primeiro registro fossilizado de um ninho de ovos de gafanhoto.
Os cientistas acreditam que uma fêmea de gafanhoto tenha depositado esses ovos sobre uma vagem há pelo menos 29 milhões de anos, conforme publicado no Parks Stewardship Forum na segunda-feira, 15.
Segundo o portal de notícias UOL, o fóssil apresenta 28 ovos em forma de elipse, cada um medindo não mais que 4,65 milímetros de comprimento e 1,84 milímetros de largura. Essas dimensões são comparáveis aos ovos de gafanhotos modernos, embora variações possam ocorrer dependendo da espécie.
As microtomografias revelaram a presença de mais de duas dúzias de ovos enterrados em um torrão fossilizado de terra, organizados em quatro a cinco camadas. Enquanto alguns dos ovos eram ocos, outros continham sedimentos, conforme relatado pelos pesquisadores.
A raridade de ovos de insetos no registro fóssil torna esta descoberta ainda mais excepcional. O ninho não é apenas de um aglomerado aleatório de ovos, mas uma ooteca, um estojo subterrâneo com os ovos envoltos por uma camada protetora que mineralizou-se em uma casca pedregosa.
Essa descoberta oferece uma visão valiosa acerca da reprodução dos gafanhotos e de como se deu a fase inicial da vida desses insetos, que são mais antigos do que os dinossauros, com uma história que remonta a cerca de 300 milhões de anos.
+ Confira aqui o estudo completo.
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