O esgoto localizado em Ashkelon, em Israel, abrigava uma quantidade considerável de ossos de bebês
Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 17/05/2023, às 17h55 - Atualizado às 18h07
Uma descoberta sinistra foi feita por arqueólogos que escavaram uma casa de banhos da época do Império Romano em Ashkelon, em Israel, em 1988. Eles encontraram ossos de cerca de 100 bebês no esgoto que fica embaixo da edificação, sendo a maioria deles do sexo masculino.
Os pesquisadores acreditam que possa haver um motivo terrível por trás da presença de tais restos mortais no local. Em 1992, um estudo concluiu que a boa condição dos ossos sugere que os corpos das crianças foram eliminados logo após a morte, "quando os tecidos moles ainda estavam presentes".
Segundo os autores do estudo, “a presença desses bebês no esgoto levantou suspeitas de que eles poderiam ser vítimas de infanticídio ou que algum desastre em massa causou um colapso nas práticas funerárias normais", de acordo com o portal History.
Os cientistas examinaram os restos mortais de maneira mais detalhada e encontraram manchas de óxido de ferro em muitos dos dentes dos bebês. "O óxido de ferro estava concentrado na camada externa do esmalte imaturo em desenvolvimento e pode representar produtos de degradação da hemoglobina liberados por sangramento nos tecidos orais no momento da morte", disse.
Como informaram os cientistas, a presença desse elemento pode estar relacionada à morte por asfixia. Outro estudo, publicado anos depois, em 1998, sugere uma hipótese mais cruel para o que possa ter acontecido com os bebês.
De acordo com os autores, a então casa de banho poderia ser um bordel e as crianças mortas seriam filhos indesejados das mulheres que trabalhavam no local. Acredita-se que, como a maioria dos esqueletos era de meninos, é possível que as meninas tenham sido poupadas do triste fim para poderem, no futuro, se prostituírem.
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