O material orgânico foi descoberto acidentalmente durante uma reforma, que também revelou artefatos humanos antigos
André Nogueira Publicado em 19/02/2020, às 09h00 - Atualizado às 09h54
Obras de melhorias numa estrada em Lancashire, na Inglaterra, revelaram uma impressionante folha de olmo conservada por 6.000 anos pela terra argilosa em que teria caído. Próximo à cidade de Blackpool, o local da descoberta revelou também artefatos de origem humana da Idade da Pedra. Além disso, foram identificados traços de pólen, madeira, sementes queimadas, folhas e avelãs.
O líder da escavação, Fraser Brown, da Universidade de Oxford, afirmou que o achado é único e de relevância nacional. “Encontramos depósitos extensos de turfa e argila marinha que ajudaram a preservar restos de plantas antigas e fornecem informações sobre a vegetação local, água, clima e atividade humana”, ele afirmou ao Daily Mail.
“Também descobrimos cerâmica, ferramentas de pedra e restos carbonizados, fornecendo evidências diretas para os caçadores-coletores mesolíticos, forrageando e possivelmente acampando, na beira da água e, mais tarde, agricultores neolíticos e da Idade do Bronze que vivem à margem de um pântano de sal”.
Entre os artefatos antrópicos desenterrados, foi revelada uma pedra pontiaguda que provavelmente fez parte de uma ponta de lança de 10.000 anos. Além disso, foram encontrados materiais do neolítico e da Idade do Bronze, que foram expostos em local próximo para conscientizar a população em relação ao projeto de prospecção e reforma da região.
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