Satoshi Kirishima (esq.) e um de seus cartazes de foragido encontrados em Tóquio (dir.) - Reprodução/Vídeo/YouTube/ravi tech
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O homem que confessou, no leito de morte, ser um terrorista procurado por 50 anos

Um exame de DNA realizado em seu leito de morte confirmou a verdadeira identidade de um dos criminosos mais procurados do Japão

Redação Publicado em 27/02/2024, às 18h57

Quatro dias antes de seu falecimento, um homem de 70 anos, que estava em seu leito de morte, admitiu ser Satoshi Kirishima. Após uma investigação, foi confirmado que ele era o criminoso que estampava diversos cartazes de foragido nas ruas de Tóquio e era procurado pelas autoridades há 50 anos. 

Foi confirmado que a pessoa que morreu no hospital em 29 de janeiro era o próprio Satoshi Kirishima”, afirmou um porta-voz da polícia de Tóquio à AFP nesta terça-feira, 27.

Satoshi foi acusado de uma série de atentados contra empresas japonesas, após se associar à Frente Armada Anti-Japão da Ásia Oriental durante seus anos na faculdade

Em 1975, ocorreu a explosão de uma bomba em um prédio da Mitsubishi Heavy Industries, resultando na morte de oito pessoas e deixando mais de 160 feridas. Na ocasião, o grupo de Kirishima foi responsabilizado pelo ataque.

Conforme repercutido pelo UOL, dos dez membros da organização, dois foram sentenciados à pena de morte. Entre eles estava Masashi Daidoji, o fundador da Frente, que faleceu em 2017.

Anonimato e confissão

Satoshi Kirishima adotou o pseudônimo de Hiroshi Uchida e viveu como um trabalhador sem contas bancárias ou seguro de saúde, conforme relatado pelos veículos de comunicação japoneses TV Asahi e Japan Times. Essas precauções ocultam sua identidade durante anos, enquanto ele ganhava a vida trabalhando em construção civil.

As autoridades policiais foram alertadas sobre confissão do homem e o interrogaram no hospital onde estava internado em Kanagawa, ao sul de Tóquio. Em 29 de janeiro, quatro dias após o interrogatório, Kirishima faleceu. 

Diagnosticado com câncer terminal, ele afirmou querer morrer “usando seu nome verdadeiro”, conforme relatado pela polícia. Além disso, Satoshi teria compartilhado detalhes “até então desconhecidos” dos ataques com bomba.

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