Conhecido por filmes famosos, opinião de uma crítica fez o diretor Ridley Scott, de 'Gladiador 2', ignorar avaliações para sempre
Thiago Lincolins Publicado em 07/11/2024, às 19h30
O diretor britânico Ridley Scott, atualmente com 86 anos, revelou que uma experiência perturbadora envolvendo uma crítica negativa que continua a impactar sua vida quase quatro décadas depois.
Ao The Hollywood Reporter, Scott relembrou que Pauline Kael, crítica da revista The New Yorker, fez uma análise devastadora de "Blade Runner", de 1982.
"Pauline Kael, do The New Yorker, me matou com sua crítica sobre Blade Runner”, afirmou Scott. "Foram quatro páginas de destruição. Nunca a conheci. Fiquei muito ofendido."
Apesar do impacto inicial, Scott decidiu transformar essa crítica em um lembrete constante em sua carreira. Ele revelou que as páginas da crítica foram emolduradas e ocupam um lugar em seu escritório há 30 anos.
Emoldurei essas páginas e elas estão em meu escritório há 30 anos para me lembrar que só há um crítico que conta: você", explicou ele. "Não li críticas desde então."
O diretor também ponderou sobre os efeitos das críticas positivas e negativas, destacando que enquanto boas críticas podem inflar o ego e desviar alguém de sua essência. Já as negativas podem ser tão desanimadoras a ponto de serem incapacitantes para um cineasta.
A crítica de Kael em 1982 acusava Scott de não saber utilizar palavras como parte do movimento do filme. Ela descreveu "Blade Runner" como um thriller sem suspense, vítima do uso imaginativo de maquinário e miniaturas.
Em 2023, Scott revisitou essas críticas durante uma entrevista à Total Film Magazine, declarando: "Como diretor, você deve aprender a não ouvir ninguém. Eu sabia que estava fazendo algo muito especial. Hoje é um dos filmes de ficção científica mais importantes já feitos."
Scott revelou que não assistia a "Blade Runner" há 20 anos até recentemente. Ele defendeu seu trabalho dizendo que o filme não é lento e que as ideias apresentadas eram originais e intrigantes na época.
Ao longo de sua carreira, Scott foi indicado ao Oscar três vezes por direção, pelos filmes "Thelma & Louise", "Gladiador" e "Falcão Negro em Perigo", mas nunca levou a estatueta para casa.
Questionado se algum de seus filmes merecia ter vencido o prêmio, ele respondeu: "Na verdade não. Sempre há uma razão para não. Não sei como funciona o sistema de premiação, a não ser que sejamos votados por nossos colegas, certo?".
“Não faço um filme pensando que vou ganhar um Oscar”, destacou ele. "Não vou à premiação desde Gladiador."
Com uma carreira iniciada em 1977 com "Os Duelistas" seguido por "Alien" em 1979, Ridley Scott está prestes a lançar a aguardada sequência "Gladiador 2", estrelando Paul Mescal, Pedro Pascal e Denzel Washington.
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