Ratazana da espécie Myodes glareolus, comum roedor da Suécia - Foto por Jarmo Saarinen pelo Pixabay
Coronavírus

Novo coronavírus foi descoberto em roedores na Suécia; entenda

Agente infeccioso da mesma família do Sars-CoV-2 é descoberto em ratazanas

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/06/2022, às 16h55

Um novo vírus que engloba à família betacoronavírus — a qual pertence também o Sars-CoV, Mers e o Sars-CoV-2 — foi descoberto recentemente por cientistas suecos, após análise de cerca de 450 ratazanas da espécie Myodes glareolus capturadas em Grimsö, na Suécia. De acordo com os pesquisadores, o vírus estava presente em 3,4% dos animais observados.

O novo vírus, chamado de vírus Grimsö, foi descoberto por uma equipe que mapeava vírus zoonóticos — transmissíveis de animais para humanos — com objetivo de compreender mais a interação entre microrganismos e animais hospedeiros. A equipe faz parte da Zoonosis Science Center da Universidade de Uppsala, e foi chefiada por Ake Lundkvist.

Ainda não sabemos quais ameaças potenciais o vírus Grimsö pode representar para a saúde pública. No entanto, com base em nossas observações e coronavírus anteriores identificados entre ratazanas de banco, há boas razões para continuar monitorando o coronavírus entre roedores selvagens", disse Lundkvist em estudo publicado na revista científica Viruses, no último dia 1°.

Também de acordo com a pesquisa, se faz extremamente importante o estudo de roedores e outros mamíferos para que se possa prevenir futuros surtos de doenças, pois o número de doenças infecciosas atreladas a pequenos animais — como os roedores — aumentou nos últimos anos. Pesquisas anteriores já descobriram outras variações de coronavírus entre diferentes animais em outros países europeus, como Polônia, Reino Unido, França e Alemanha.

Além do mais, dificilmente um animal também está associado a somente uma zoonose, sendo a própria ratazana Myodes glareolus também portadora de outras doenças, como hantavírus e Francisella tularensis — responsável pela doença febril tularemia.

Covid-19 e morcegos

Ainda em 2020, no início da pandemia, Peter Ben Embarek — cientista e gerente de programa da Organização Mundial da Saúde — afirmou que a Covid-19, doença que provocou a maior pandemia vista nas últimas décadas, foi proveniente de morcegos, sendo também transmissível para gatos.

Segundo o cientista, o vírus possivelmente chegou em contato com os seres humanos a partir de animais criados para a alimentação.

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