Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) descobriram um fóssil de pararréptil em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul
Luiza Lopes Publicado em 30/07/2024, às 09h37
Nesta quarta-feira, 31, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) irão apresentar um fóssil de pararréptil descoberto em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul. A informação é do g1.
Este animal, que viveu entre 235 e 230 milhões de anos atrás junto aos dinossauros, será exibido no Museu Gama d'Eça até dezembro.
Conforme relatado pelo g1, o fóssil, batizado de Cornualbus primus devido aos "cornos" no crânio e por ser o primeiro de sua superfamília encontrado na formação geológica de Santa Maria, assemelha-se a um lagarto e tinha tamanho de um palmo, com habilidades para escavar e viver em tocas.
Descoberto em 2017 pelo professor Leopoldo Witeck Neto, a investigação se tornou a tese de doutorado de Eduardo Silva Neves, confirmando a nova espécie após comparações com pararrépteis de outras regiões do mundo.
O professor Átila da Rosa destacou ao g1 a importância do fóssil para preencher lacunas sobre o período do Triássico, quando os continentes formavam a Pangeia e o ecossistema se recuperava de uma extinção massiva.
Ele vivia no tempo dos dinossauros. Todo mundo acaba prestando só atenção nos dinossauros, mas eles viviam dentro de um ecossistema, que está se mostrando cada vez mais complexo, cada vez mais diverso do que a gente sabia, com a quantidade de novos fósseis que vem aparecendo ultimamente", ressaltou Átila ao g1.
Segundo os pesquisadores, novas descobertas fósseis surgiram na região após enchentes em maio, devido à erosão das rochas pelos rios Jacuí e Ibicuí.
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