Mergulhadores durante a descoberta das âncoras espanholas - Instituto Nacional de Antropologia e História do México
México

Arqueólogos marinhos encontram âncoras que teriam pertencido a invasão espanhola no México

Pesquisadores já haviam descoberto outra âncora próxima ao local em 2018 com as mesmas características

Daniela Bazi Publicado em 22/12/2019, às 11h30

Arqueólogos marinhos do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) encontraram duas âncoras no fundo do mar no Golfo do México que podem ter pertencido aos navios da frota utilizada por espanhóis durante a conquista da região, liderados pelo conquistador Hernán Cortés

Em 2018, outra âncora que também teria pertencido às embarcações espanholas já havia sido encontrada próxima a região. Desta vez, os mergulhadores estavam fazendo uma pesquisa magnética do fundo do mar, quando identificaram anomalias nos dados em duas áreas e resolveram retirar a areia para conferir o que era. 

As duas âncoras estavam afundadas entre 11 e 16 metros, além de também estarem cobertas por 1m de areia. Ambas eram muito semelhantes ao mesmo artefato encontrado no ano de 2018, e se encontravam a apenas alguns metros de distância da primeira descoberta. 

Âncora encontrada na costa de Vera Cruz / Créditos: Instituto Nacional de Antropologia e História do México

 

De acordo com o relatório do INAH, elas foram encontradas de frente para o que era o porto de Villa Rica, fundado por Cortés em 1519, e que acabou sendo abandonado à medida em que a cidade de Vera Cruz crescia. 

Segundo as teorias, este teria sido o local em que o conquistador queimou suas embarcações como forma de precaução para que seus homens não se revoltassem, abandonassem a conquista e voltassem para Cuba. Entretanto, os arqueólogos ainda não conseguem afirmar definitivamente a origem das âncoras já que, segundo fontes documentais, outra frota espanhola esteve ali pouco tempo depois de Cortés. 

Segundo a BBC, “Mais 15 locais potenciais contendo âncoras foram identificados”. Os arqueólogos marinhos continuam trabalhando no lugar, em busca de mais artefatos que possam comprovar que esta é a localização em que Cortés queimou seus navios. 

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