Takahiro Shiraishi, o "assassino do Twitter" - Divulgação/Youtube/UTD TV
Crime

No Japão, sanguinário 'Assassino do Twitter' é condenado à morte

O homem de 30 anos matou e esquartejou nove pessoas que conheceu por meio da rede social

Giovanna Gomes Publicado em 15/12/2020, às 09h03

O japonês Takahiro Shiraishi, também conhecido como o "assassino do Twitter", foi condenado à morte nesta terça-feira, 15, por ter assassinado nove pessoas que conheceu pela internet. As vítimas seriam oito mulheres e um homem, com idades entre 15 e 26 anos.

O homem de 30 anos reconheceu que matou e esquartejou as pessoas. Porém seus advogados solicitaram a pena de prisão perpétua e não a de morte, argumentando que porque as vítimas expressavam tendências suicidas nas redes sociais e teriam consentido os assassinatos. A alegação foi rejeitada pelo tribunal, uma vez que foi rebatida pelo próprio réu.

"Nenhuma das nove vítimas consentiu em ser assassinada, incluindo consentimento silencioso", afirmou o juiz, segundo a emissora NHK.

A verdade é que Shiraishi conquistava a atenção das vítimas no Twitter e dizia que poderia ajudá-las a concretizar os planos suicidas e até mesmo morrer ao lado delas.

Além dos assassinatos, o homem também foi julgado por ter esquartejado as vítimas e armazenado os restos mortais em seu apartamento em Tóquio encontrados no dia 31 de outubro de 2017. A polícia localizou 240 pedaços em geladeiras e em caixas de ferramentas cobertas por areia de gato, utilizada para disfarçar o odor. 

Testes

Durante cinco meses, Takahiro foi submetido à diversos testes psicológicos, conforme as acusações se empilhavam. Com os resultados, ele foi indiciado pelos assassinatos de todas as pessoas encontradas em seu apartamento, em setembro de 2018.

A história de terror só teve o início de um desfecho em setembro de 2020. Em frente ao júri, Takahiro Shiraishi, que ficou conhecido como “assassino do Twitter”, confessou seus crimes e assumiu a autoria dos nove assassinatos pelos quais foi acusado.

Indo contra os próprios advogados, que tentavam reduzir sua pena, o serial killer afirmou que não teria matado as vítimas com seu consentimento. 

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