Mensagem, investigada pela polícia da Holanda, foi escrita a laser na fachada da casa de Anne Frank na Holanda
Redação Publicado em 10/02/2023, às 17h26 - Atualizado às 17h44
A prefeitura da Holanda descreveu como "puro antissemitismo", uma mensagem projetada com laser na fachada da casa de Anne Frank em Amsterdã. A polícia holandesa afirmou que está investigando a mensagem que afirmava que o diário não é de autoria de Anne.
Após a ocupação nazista na Holanda durante a Segunda Guerra Mundial, Anne Frank escondeu-se com sua família, durante dois anos, em um lugar secreto da casa, até que foram capturados em 1944. Ela e sua irmã morreram em no campo de concentração de Bergen-Belsen em 1945.
O diário de Anne Frank, que tornou-se um best-seller, foi encontrado por seu pai, Otto Frank, e se tornou uma das histórias mais conhecidas sobre os horrores do Holocausto, chegando a ter 30 milhões de exemplares vendidos.
A mensagem escrita na fachada da casa de Anne Frank fazia referência a uma teoria da conspiração de extrema direita que levanta que a adolescente vítima do Holocausto não seria a autora do diário, como informado pelo G1. No Telegram, algumas imagens da projeção foram publicadas.
"Aconteceu nesta semana, nos indicaram e estamos investigando", disse um porta-voz da polícia da Holanda, mas sem dar mais detalhes.
O Museu da Casa de Anne Frank em Amsterdã expressou choque e repulsa pelo acontecido. Os administradores do local visitado por cerca de 1 milhão de pessoas todo ano, disseram que haviam denunciado o incidente para a polícia e que mantinham comunicação com a prefeitura e o Ministério Público.
Após a divulgação de um vídeo no Telegram, o museu também revelou que descobriu que a mensagem foi projetada no local durante vários minutos na noite da segunda-feira, 6. Segundo declaração do museu, se trata de "um vídeo antissemita e racista".
Com a projeção e o vídeo, os autores atacam a autenticidade do diário de Anne Frank e incitam o ódio. Trata-se de um vídeo antissemita e racista", diz o museu, como repercutido pelo G1.
Além disso, o primeiro-ministro Mark Rutte condenou o ato em seu Twitter. E a prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, qualificou o ocorrido como "puro antissemitismo".
"Não há lugar para o antissemitismo no nosso país, nunca podemos, nem devemos aceitá-lo", disse Rutte no Twitter.
Além deles, a ministra da Justiça, Dilan Yesilgoz-Zegerius, também declarou que a situação demonstra a necessidade de se haver leis contra negacionistas do Holocausto.
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