Os esqueletos descobertos na mesma cova se encaram há 4 milênios e a tumba revelou preciosidades
Vinícius Buono Publicado em 30/07/2019, às 14h00
No Cazaquistão, arqueólogos encontraram dois esqueletos enterrados em uma posição intrigante. De acordo com os especialistas, o casal teria morrido ao 16 anos, há 4.000 anos, estava enterrado junto, de frente um pro outro por toda a eternidade. Eles encontrados no cemitério de Kyzyltau, um complexo de cinco colinas na remota região de Karaganda, nordeste do país.
Embora hoje seja apenas um grande cemitério, os pesquisadores envolvidos na descoberta acreditam que o lugar possuía um mausoléu em formato de pirâmide similar à de Djoser, a primeira do Egito. Teria sido construída, porém, cerca de um milênio antes.
Junto com os dois esqueletos — que podem ter sido parentes em vez de amantes, ou ambos, indicam os arqueólogos — foram encontradas peças em ouro e bronze. Um deles usava, também, dois braceletes em cada braço, pingentes que representavam o sol e anéis de ouro.
Os cientistas acreditam que os dois eram parte da nobreza da sociedade em que viviam, pertencente à cultura de Alakul, que se desenvolveu na região na Idade do Bronze. Próximo deles foi encontrada, também, a cova de uma mulher que acredita-se ter sido uma sacerdotisa.
Na tumba, os arqueólogos encontraram sete jarros, um crânio e cinzas. As outras covas ao seu redor foram saqueadas por membros de sociedades posteriores. A da sacerdotisa estava intacta, o que leva a crer que havia alguma superstição sobre ela, além do número incomum de jarros.
A região onde todos os restos foram encontrados é uma das mais remotas do país, tanto que era usada pelos soviéticos (o Cazaquistão era uma das repúblicas pertencentes à URSS) como exílio. Foi apelidada, inclusive, de Meio do Nada pelos socialistas.
Entretanto, o sítio arqueológico presente ali já se provou um tesouro para os cientistas, que encontraram, anteriormente, um casal enterrado, além de indícios do mausoléu em formato de pirâmide e uma tumba com uma carruagem primitiva e dois cavalos, provavelmente sacrificados no ritual de sepultamento dos dois.
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