Fotografias do deputado Carlos Jordy e do ministro Alexandre de Moraes - Divulgação/Twitter
Brasil

'Não iremos recuar': Deputado chama Alexandre de Moraes de 'vagabundo'

Ao se posicionar sobre a prisão de Daniel Silveira, Carlos Jordy, do PSL, ainda criticou a postura de quem chamou de "ditadores"

Redação Publicado em 17/02/2021, às 14h40 - Atualizado às 14h40

Na noite da última terça-feira, 16, o ministro Alexandre de Moraes expediu uma ordem de prisão contra o deputado Daniel Silveira, do PSL. Hoje, diversos políticos da oposição e simpatizantes do acusado que foi preso se posicionaram nas redes sociais.

Em seu Twitter, o deputado Carlos Jordy, também do PSL, por exemplo, chamou Moraes de “vagabundo” ao comentar o ocorrido. “Não iremos recuar! Espero que o Presidente Arthur Lira aja com postura contra esses ditadores!", disse, ainda.

O deputado federal Ivan Valente, do PSOL, por outro lado, pediu pela cassação do mandato de Daniel. Na mesma rede social, ele relembrou o episódio em que Silveira foi pego quebrando uma placa em homenagem a Marielle Franco na época de sua morte.

Além dos já citados, outros políticos também publicaram suas interpretações sobre a prisão de Daniel Silveira. Entre eles estão Carla Zambelli (PSL), Marcelo Freixo (PSOL), Flávio Dino (PCdoB), Fernando Haddad (PT) e Marco Feliciano (Republicanos).

Acabei de falar com o deputado @danielPMERJ e fiquei sabendo q sua prisão foi ordenada pelo vagabundo do @alexandre de Moraes por ele ter feito uma live criticando o Ministro Fachin. Não iremos recuar! Espero q o Presidente @ArthurLira_ haja com postura contra esses ditadores!

— Carlos Jordy (@carlosjordy) February 17, 2021

Entenda a prisão de Daniel Silveira

Na noite de ontem, 16, o Supremo Tribunal Federal (STF) expediu uma ordem para a prisão em flagrante do ex-policial militar e deputado federal Daniel Silveira, que é filiado ao PSL do Rio de Janeiro. As informações são do UOL. 

A medida se deu em virtude de um vídeo publicado mais cedo pelo parlamentar. Nele, Daniel faz ataques a ministros da Corte, especialmente a Edson Fachin, Gilmar Mendes e a Alexandre de Moraes, que expediu o pedido.  

Com isso, Silveira foi preso na noite de ontem pela Polícia Federal em Petrópolis, na região serrana do Rio. Entretanto, mesmo em flagrante, a prisão do deputado deverá passar pelo crivo da Câmara, que analisará a ordem de prisão ainda hoje.  

A denúncia feita por Moraes ainda alega que, no vídeo, além de atacar os ministros da Corte, Daniel também defende medidas antidemocráticas, como a adoção do AI-5. Silveira também defendeu a substituição de todos os ministros do STF, instigando "a adoção de medidas violentas contra a vida e segurança dos mesmos, em clara afronta aos princípios democráticos, republicanos e da separação de poderes." 

Alexandre de Moraes classificou as atitudes do parlamentar como “gravíssimas”, justificando que elas “não só atingem a honorabilidade e constituem ameaça ilegal à segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal, como se revestem de claro intuito visando a impedir o exercício da judicatura, notadamente a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito". 

O ministro do STF determinou que o vídeo publicado por Daniel Silveira seja bloqueado no YouTube, plataforma na qual o mesmo foi divulgado. Caso a decisão não seja cumprida, haverá uma multa diária de 100 mil reais.  

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