Os itens foram encontrados no complexo arqueológico de Ostriv, na Ucrânia, e foram apresentados nos Estados Unidos no início de janeiro
Isabelly de Lima Publicado em 22/01/2024, às 13h22
Arqueólogos da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia surpreenderam a comunidade científica no início de janeiro ao apresentar as descobertas de um estudo realizado em um cemitério de mil anos, localizado a 80 quilômetros ao sul de Kiev, durante o encontro anual do Instituto Arqueológico da América, nos Estados Unidos.
O complexo arqueológico de Ostriv, datado do século 11, revelou 107 covas, a maioria contendo caixões de madeira, conforme relatado pelos arqueólogos Vsevolod Ivakin e Vyacheslav Baranov.
Entre os sepultados, homens e mulheres, sendo que, no local destinado aos homens, foram encontrados artefatos como machados, espadas e pontas de lança. Nas sepulturas femininas, chamou a atenção a presença de colares curiosos feitos de corda, possivelmente marcadores de classe social.
Os pesquisadores identificaram também a presença de baldes de madeira nos pés de alguns mortos, sugerindo a participação em rituais funerários específicos. Ademais, foram encontrados um altar de pedra, pulseiras, contas e vestígios de oferendas alimentares, como ossos de galinha e cascas de ovos.
Destaca-se a descoberta de artefatos semelhantes aos encontrados no Báltico, indicando a possibilidade de migração dessas pessoas dessa região do Centro da Europa.
Os pesquisadores afirmam que "a maioria dos artefatos de Ostriv são incomuns na Ucrânia, mas frequentemente encontrados na região do Báltico Oriental", sugerindo uma população multiétnica complexa, composta por migrantes do Báltico e eslavos locais. De acordo com a Galileu, o período de escavações em Ostriv foi interrompido em fevereiro de 2022, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
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