A cidade italiana que antes era pouco desbravada pelo arqueólogos, começou a ser desvendada quando o antigo prefeito da Sicília incentivou os pesquisadores
Paola Churchill Publicado em 11/06/2020, às 11h00
Em Tusa, na costa norte da Sicília, está sendo desvendado os mistérios da cidade de Halaesa. A missão arqueológica comandada por Michela Costazi, da Universidade de Amiens, e Fréderic Gerber, já conseguiu desvendar um belíssimo teatro antigo, enterrado sob camadas e mais camadas de terra.
Michela Constanzi afirma que as informações sobre a cidade perdida são extremamente escassas, o sitio arqueológico só começou a ser explorado, quando o ex-prefeito de Tusa, Angelo Tudisca, em 2019, começou a expandir o programa de escavações em Halaesa.
A Missão Arqueológica Francesa de Halaesa nasceu em 2016, quando Angelo Tudisca estabeleceu um programa de escavações na região e incentivou arqueólogos de outros lugares a irem desvendar os mistérios da cidade perdida.
“A missão também é um projeto escolar. Treinamos estudantes de arqueologia de universidades francesas, em escavações, lavagem de móveis e em várias oficinas: cerâmica, sistema de informações geográficas, fotogrametria, até o relatório do estágio” disse Michela.
As escavações são divididas em três partes: a equipe da Universidade de Palermo, que investiga as muralhas em torno da cidade, as equipes das Universidades de Messina e Oxford que vasculham a área conhecida como “Santuário de Apolo” e, a equipe do INRAP cuida do teatro principal da cidade, que até agora, foi a maior descoberta do lugar.
Um dos maiores desafios da escavação do teatro é poder estabelecer quando ele foi construído e entender o que fez ele colapsar. “Como Halaesa está localizado em uma zona de terremoto, é possível que o teatro tenha sido danificado por um terremoto, como o conhecido pelo século 4 de nossa era. Em geral, as recuperações parecem ter desempenhado um papel muito importante no site em momentos diferentes. Os arquivos da vila, datados do século 16, referem-se a uma autorização para entrar e procurar pedras na área” afirma a arqueóloga.
As escavações já duram quatro anos, os pesquisadores descobriram muitas evidências e possuem o total apoio da população e do prefeito da Sicília para continuar os trabalhos. Os trabalhos tiveram que ser interrompidos por um tempo por conta da pandemia, mas, Michela e sua equipe planejam voltar ao lugar em julho desse ano e seguir analisando o grande teatro de Haleasa.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro