Os criminosos haviam recebido a prisão perpétua em 2008, mas foram recentemente considerados "em remissão"
Redação Publicado em 17/08/2022, às 12h09
Em 2002, um grupo de 11 homens hindus estupraram e assassinaram uma mulher muçulmana grávida no estado de Gujarat, localizado na Índia.
Eles foram condenados em 2008 à prisão perpétua, no entanto, recentemente foram libertados. Isso porque os criminosos já haviam cumprido 14 anos de sua sentença, de forma que já eram elegíveis para "remissão" de acordo com a lei indiana.
O comitê da instalação penitenciária que os mantinha decidiu libertá-los após ser constatado que os estupradores haviam apresentado bom comportamento durante seu período na prisão.
Vale lembrar que o episódio de abuso sexual no qual os hindus estiveram envolvidos foi parte de uma imensa onda de violência contra muçulmanos ocorrida em Gujarat em 2002. No total, cerca de mil vidas foram perdidas, em um dos conflitos de cunho religioso mais relevantes da história da Índia.
A família da vítima, por sua vez, expressou frustração com a notícia. Yakub Rasul, o viúvo da mulher atacada, deu uma entrevista à Reuters:
"Perdemos nossa família e queremos viver em paz, mas de repente isso aconteceu. Não tínhamos informações prévias sobre sua libertação, nem dos tribunais nem do governo. Só soubemos disso pela mídia", relatou ele.
O advogado sênior Anand Yagnik foi outra figura que criticou a medida das autoridades indianas, considerando o desdobramento pouco compatível com um governo que promete proteger suas mulheres.
A remissão da sentença de condenados por crimes horríveis como estupro coletivo e assassinato é moral e eticamente imprópria. Qual é o sinal que estamos tentando enviar?", indagou o profissional.
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