Homem inocentado pela Justiça em setembro de 2020 foi preso novamente, entenda!
Redação Publicado em 24/08/2022, às 10h25
O músico Luiz Carlos Justino que foi preso injustamente em Niterói, no Rio de Janeiro, em setembro de 2020 e liberado cinco dias depois, acabou sendo detido novamente. Acusado de assalto à mão armada, o homem havia sido inocentado pela Justiça, porém o mandado de prisão ainda constava no sistema do Conselho Nacional de Justiça.
Ele voltava de uma partida de futebol com os amigos em Charitas na última segunda-feira, 22, quando foi parado em uma blitz do programa Segurança Presente.
Ao consultarem o sistema do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, os agentes se depararam com um mandado de prisão em aberto para o músico, de modo que o conduziram até 79ª DP (Jurujuba). O homem foi liberado logo depois.
Luiz Carlos contou ao portal de notícias G1 que teve que provar, mais uma vez, que não era bandido e que o mandado já deveria ter sido retirado do sistema. Ele também revelou que chegou a ser parado outras vezes, mas, como seu caso havia repercutido na mídia, foi facilmente liberado.
Na época, eu fui parado duas vezes. Mas eu falava que era o Justino e era liberado. Mas, dessa vez, eu falei e não adiantou. Então agora eu tenho que ficar em casa. Como eu vou comprovar? Meu nome é Luiz Carlos da Costa Justino. E eu nem quero ser o Justino, de tão pesado que ficou", disse.
Na tarde de ontem, 23, a defesa do músico entrou com um pedido na 2ª Vara Criminal de Niterói solicitando a retirada do mandado de prisão. Depois de tanto constrangimento, a Justiça concedeu um parecer favorável e o mandado já não consta na base de dados do Conselho Nacional de Justiça.
"A gente quer crer que, com a retirada do nome dele deste banco de dados, esse tipo de abordagem não acontecerá mais", disse o advogado Rafael Borges.
É muito danoso para a vida do Justino, que é um músico, um cara completamente integrado à comunidade onde vive, dedicado às atividades da Orquestra da Grota, ficar sendo sucessivamente sendo submetido a este tipo de abordagem policial, por vezes ostensiva, agressiva, violenta e absolutamente desnecessária. A gente espera que este evento não se repita mais de agora em diante", completou, ainda segundo o G1.
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