A decisão de identificar obras de arte saqueadas por nazistas visa honrar e apoiar os sobreviventes do holocausto
Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 22/08/2022, às 11h16
Na época da Segunda Guerra Mundial, o povo judeu sofreu e foi quase apagado de diversas formas pelo Terceiro Reich alemão. Além dos já conhecidos campos de concentração e as câmaras de gás, outra forma de apagamento de identidade deles menos agressiva, mas também muito eficiente, era o roubo de arte e elementos culturais para aquele povo.
Dito isto, sabe-se que durante o período, mais de 600 mil pinturas foram roubadas do povo judeu, e desde então sempre foram vistas em museus como pinturas não identificadas, de autoria desconhecida. No entanto, agora museus de Nova York vêm sendo obrigados a divulgar, em sua coleção, quais obras de arte que foram roubadas na Europa durante a era nazista, após nova legislação assinada pela governadora Kathy Hochul.
A nova lei faz parte de um conjunto legislativo que tem como objetivo honrar e apoiar sobreviventes do Holocausto, como informado pelo Departamento de Serviços Financeiros de Nova York. Segundo Jack Kliger, CEO do Museu da Herança Judaica em Nova York, "Mais de 600.000 pinturas foram roubadas do povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial, enriquecendo o regime nazista e eliminando a cultura judaica."
Há anos, muitas dessas pinturas estão expostas em instituições, mas sem nenhum reconhecimento de sua origem. Esta legislação corrige isso e permite que as instituições em Nova York honrem aqueles cujas vidas foram perdidas e cujos pertences pessoais foram roubados para fins lucrativos", prosseguiu Kliger, como informado pela CNN Brasil.
Já é motivo de discussão, há tempos, a quem pertencem às obras roubadas durante a Segunda Guerra das comunidades judaicas. Por exemplo, no início deste ano a Suprema Corte dos Estados Unidos ouviu argumentos de uma família judia sobre o direito de possuir uma pintura impressionista francesa, que foi teoricamente confiscada pelos nazistas em 1939.
Dessa forma, já em 2000, o Museu de Arte Moderna lançou o projeto Provenanca Researchem, que busca sempre identificar quadros roubados. No próprio local hpa cerca de 800 obras que "foram ou poderiam ter estado na Europa Continental durante a era nazista, segundo comunicado da instituição.
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