Os descuidos da instituição teriam causado um prejuízo equivalente a mais de 397 milhões de reais
Ingredi Brunato, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 31/10/2022, às 14h56
O Museu do Palácio Nacional, localizado nas proximidades de Taipei, a capital de Taiwan, admitiu ter quebrado três cerâmicas diferentes pertencentes às dinastias Ming (1368 a 1644) e Qing (1644 e 1912), as duas últimas a governarem a China.
Os prejuízos causados pela perda dos objetos, em conjunto, somariam 66 milhões de libras, ou o equivalente a uma fortuna de mais de 397 milhões de reais, segundo repercutido pelo The Guardian.
As quebras teriam se dado durante três acidentes separados ocorridos nos últimos 18 meses. Apenas uma delas, todavia, pôde ser conectada ao seu responsável, um membro sênior da equipe da instituição que teria realizado um manuseio negligente do artefato ao colocá-lo em uma mesa do qual a peça acabou caindo.
O museu se comprometeu a revisar e aprimorar suas práticas de armazenamento de objetos a fim de evitar danos futuros à coleção.
O partido de oposição do governo de Taiwan acusou o diretor da instituição, Wu Mi-cha, de tentar encobrir os incidentes através da utilização de registros confidenciais e a orientação de que os funcionários deveriam se manter em silêncio a respeito dos acontecidos, o que o homem nega. Já comentaristas políticos da China favoráveis à reunificação do território com o país usaram a ocasião para pressionar pela questão.
Acredito que somente completando a reunificação o mais rápido possível podemos impedir que nossos tesouros nacionais sejam destruídos sem motivo novamente!”, afirmou um deles nas redes sociais chinesas, ainda conforme o The Guardian.
É relevante mencionar que o museu de Taiwan possui a maior coleção de artefatos chineses do mundo. A grande maioria deles teria sido levado para o território pelo ex-presidente chinês Chiang Kai-shek em 1949, quando ele e outros nacionalistas decidiram ocupar a ilha.
Hoje, o status internacional do local é incerto. A China o vê como parte de seu país, e Taiwan, por sua vez, quer ser reconhecido como um Estado independente. As tensões entre as autoridades dos territórios têm aumentado nos últimos meses, com alguns analistas políticos temendo a erupção de um novo conflito, como ocorre na Ucrânia.
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