Queniana afirma ter sofrido na mão do exército e diz que quer recompensa
Redação Publicado em 06/06/2022, às 19h14
Na semana de celebração do Jubileu de Platina da rainha Elizabeth II, uma mulher Queniana mandou recado para a monarca. Identificada como Muthoni Mathenge, a mulher contou, em entrevista ao German-based DW, via site Albawaba, que sobreviveu tortura desumana pelo exército britânico durante os primeiros anos de reinado de Elizabeth. Ela demanda compensação direta vindo da rainha.
Em meio a seus 90 anos, Muthoni Mathenge relatou a tortura sofrida nas mãos de soldados britânicos por volta de 1952, em meio ao levante Mau Ma, que teve início logo após Elizabeth ser coroada Rainha da Inglaterra, quando ainda tinha 25 anos.
She was tortured with axes during Kenya's struggle for independence from British colonial rule.
— DW News (@dwnews) June 2, 2022
As Britain celebrates the Platinum Jubilee of its monarch, this old fighter wants to send her a message: "Let Elizabeth bring what belongs to me." pic.twitter.com/EofKAOqFtW
Muthoni Mathenge foi casada com um combatente do Exército da Terra e da Liberdade do Quênia, que fora treinado para resistir à colonização britânica. Por isso, ela virou alvo dos soldados britânicos, que estavam tentando encontrar seu marido, ela era o acesso mais fácil.
Para protegê-lo, ela preferiu ficar em silêncio, o que resultou em sua tortura, que marca presença em sua vida até hoje, já que ela ainda possui marcas em suas pernas por conta disso. Muthoni explica que, em 1952, ela e milhares de outros quenianos foram presos por resistirem ao controle britânico.
Uma das torturas sofridas foi ser forçada a enterrar seus conterrâneos mortos pelos britânicos, conta a senhora. Por razão disso, Mathenge pede uma compensação digna, da rainha, pelos horrores que ela viu durante a independência do Quênia, em 1963, dizendo “deixe que Elizabeth traga o que me pertence”.
O Quênia esteve sob comando britânico entre 1920 e 1963. No período, alguns grupos de resistência foram detidos pelas autoridades, incluindo o Exército da Terra e da Liberdade do Quênia, conhecido como Grupo Mau Ma, que foram derrotados em 1956.
Em 2013, 5.000 soldados quenianos receberam compensação financeira pelos estragos que viveram durante o comando britânico, porém, Muthoni não foi uma delas.
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