Chinesa fazia cosplay de personagem da série de mangá japonesa “Summer Time Rendering” quando foi abordada aos gritos por policial
Redação Publicado em 16/08/2022, às 07h59 - Atualizado às 09h11
Uma chinesa escreveu um post nas redes sociais relatando um episódio em que disse ter sido detida pela polícia sob acusação de “provocar brigas e causar problemas” e interrogada por horas por ter usado um quimono japonês ao tirar fotos.
A mulher, identificada pelo apelido “Is Shadow Not Self”, vestia um quimono branco com imagens de flores vermelhas e folhas verdes e usava uma peruca loira para fazer cosplay de um personagem da série de mangá japonesa “Summer Time Rendering”.
Em um vídeo publicado na plataforma chinesa Weibo, que circula agora na web ocidental, é possível ver a abordagem policial. A jovem contou que estava esperando na fila de um restaurante quando foi questionada a gritos pelo oficial.
A young Chinese woman was taken away by local police in Suzhou last Wednesday because she was wearing a kimono. "If you would be wearing Hanfu (Chinese traditional clothing), I never would have said this, but you are wearing a kimono, as a Chinese. You are Chinese!" pic.twitter.com/et8vWOferQ
— Manya Koetse (@manyapan) August 15, 2022
Ela explicou que estava fazendo uma sessão de fotos nas ruas Suzhou, famosa por seus restaurantes japoneses, e estava inclusive com seu fotógrafo no momento da abordagem agressiva.
“Se você viesse aqui vestindo Hanfu, eu não diria isso. Mas você está vestindo um quimono, como uma chinesa. Você é uma chinesa! Você é?”, o policial grita em resposta.
Segundo a CNN Internacional, hanfu refere-se a roupas tradicionais chinesas, usadas pela etnia chinesa Han antes da Dinastia Qing. Essas roupas antigas estão se tornando mais populares por conta da promoção da cultura tradicional feita por Xi.
Quando perguntado sobre o motivo pelo qual estava sendo repreendida aos gritos, o policial respondeu: “Sob a suspeita de provocar brigas e causar problemas”. Essa acusação geralmente é feita contra dissidentes, jornalistas e ativistas, por exemplo.
Não é possível ver mais nada após a mulher ser agarrada por policiais de levada, momento em que a gravação é cortada. Segundo a chinesa, o interrogatório durou cerca de cinco horas, até 1h da manhã. Ela diz que teve seu telefone e quimono confiscado.
Enquanto estava detida, os oficiais disseram à mulher para não discutir o incidente nas redes sociais, segundo ela afirmou no post. Até agora, a polícia de Suzhou ainda não se posicionou publicamente sobre as alegações.
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