Antes mesmo de nascer, Graziely recebeu o diagnóstico de hidrocefalia — e a estimativa de que não chegaria à vida adulta
Giovanna Gomes Publicado em 18/05/2023, às 17h32 - Atualizado em 21/05/2023, às 12h36
Há quase três décadas, uma moradora de São Luís, no Maranhão, ouviu de médicos a pior das notícias para uma mãe: sua filha, que ainda estava em seu ventre, não permaneceria viva por muito tempo após o nascimento.
Diagnosticada com hidrocefalia congênita — condição caracterizada pelo acúmulo de líquidos na cabeça — a pequena Grazielly não deveria viver mais do que três meses.
A notícia, é claro, foi devastadora para Adalgisa Soares Alves, a mãe da criança, que decidiu se dedicar integralmente aos cuidados da filha enquanto ela vivesse.
Entretanto, quase 30 anos se passaram e, para a surpresa dos especialistas, Graziely continua viva e sob os cuidados da maranhense, que compartilha a rotina das duas online.
Segundo informações do jornal O Globo, a jovem, que vive acamada, não fala há anos e, recentemente, acabou perdendo a visão. Também é importante destacar que a doença fez com que sua cabeça continuasse crescendo mesmo após tantos anos.
Adalgisa revelou ao tabloide britânico Daily Mail que sua filha é um dos raros casos em que indivíduos com o diagnóstico chegam à idade adulta.
Eu sempre espero que ela viva [por] muitos anos. Ela transmite energia positiva e sinto uma paz que transborda quando alguém a visita. Vou sempre dar o melhor para ela porque ela nasceu do meu ventre, foi muito amada e desejada dentro do meu ventre e vou amá-la até o último dia de sua vida" disse Soares à fonte.
A mulher declarou que percebeu que havia algo de errado já no final da gravidez, quando começou a sentir fortes dores no útero. A partir de um ultrassom, ela descobriu que sua bebê tinha hidrocefalia — e que, devido ao estágio do quadro, ela não viveria mais do que poucos meses.
Hoje, já próxima de completar três décadas de vida, Graziely é, muitas vezes, referida como "bebê gigante" por seus seguidores, em razão de sua aparência física. Contudo, sua mãe não considera essa forma de tratamento uma ofensa.
"Não acho cruel porque 'bebê' é uma palavra afetuosa, mas quando eles a chamam de 'cabeça grande', fico triste'", declarou a mulher, que, no entanto, destacou: "o importante é que eu, e toda a nossa família e amigos, amamos a Graziely do jeito que ela é".
Desde que a jovem nasceu, sua mãe atua como cuidadora em tempo integral. Embora ela receba um auxílio do governo, o dinheiro é insuficiente para o pagamento de todas as despesas e, por isso, Adalgisa pede ajuda com doações por meio das publicações nas redes sociais.
"Todos os dias eu cuido dela, dou banho e alimento com todo o meu amor. Sou dedicada à Graziely e fico feliz em vê-la bem cuidada, por mim e por toda a nossa família. Eu não trabalho, apenas cuido dela - fico feliz em cuidar dela e é gratificante quando vejo seu sorriso. Nunca perco a esperança porque sou uma mulher de muita fé e sempre coloco Deus acima de tudo — rezo muito todos os dias", declarou.
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