O médico encarregado da cirurgia disse que o caso de Charmaine Sahadeo é um dos mais severos que já tratou em sua carreira
Redação Publicado em 19/04/2024, às 15h20 - Atualizado em 20/04/2024, às 11h52
Charmaine Sahadeo, de 43 anos, residente de Trindade e Tobago, país localizado no mar do Caribe, vive há anos com uma condição genética rara chamada neurofibromatose NF-1, ou doença de von Recklinghausen, responsável pela formação de tumores benignos. Recentemente, ela passou por uma cirurgia de 60 horas, que removeu os “caroços” de diversas partes de seu corpo, incluindo o rosto.
Uma pesquisa realizada no Reino Unido apontou que a doença atinge pelo menos uma em cada 4.650 pessoas. No entanto, segundo o Dr. Ryan Osborne, oncologista cirúrgico e diretor do Osborne Head and Neck Institute em Los Angeles, nos Estados Unidos, o caso de Charmaine é o mais grave que ele já encontrou.
Ela tem uma apresentação incomum de neurofibromatose. Está literalmente em toda parte. Eu pessoalmente nunca vi uma paciente clinicamente, e nunca vi uma em um livro, tão grave quanto o de Charmaine. Ela me parece única", disse o especialista em uma aparição no programa americano "Take My Tumor" (ou "Tire meu tumor", em português).
Conforme repercutido pelo jornal O Globo, o maior obstáculo enfrentado pela equipe médica de Charmaine durante o procedimento foi encontrar uma veia para anestesiar, pois grande parte de sua pele estava tomada pelos tumores. Assim, eles não conseguiram colocá-la sob anestesia geral antes da cirurgia.
Em vez disso, ela recebeu doses de anestesia local em áreas específicas e teve que permanecer totalmente consciente por 13 horas. Durante um período de 10 semanas, foram realizadas 24 cirurgias, totalizando aproximadamente 60 horas.
Charmaine relata que os sintomas começaram a surgir quando tinha 13 anos, mas se intensificaram durante a gravidez de seu primeiro filho, Osíris. Durante a gestação, seu corpo ficou totalmente coberto por tumores.
A presença de uma grande massa na perna dificultava seus movimentos, tornando andar um desafio. Além disso, ela enfrentava problemas respiratórios devido a alguns dos nódulos que obstruíam parte de suas vias nasais. Segundo seu relato, lidar com outras pessoas tornava tudo ainda mais difícil.
Essa condição é muito difícil porque as pessoas simplesmente gostam de olhar e depois têm todo tipo de coisas negativas a dizer”, disse a mulher ao programa americano.
A neurofibromatose é uma condição hereditária e sua mãe também foi diagnosticada com a mesma doença. Agora, Charmaine se recupera após as intervenções cirúrgicas. “A vida é cem por cento melhor para mim. Eu amo a minha aparência agora”, disse a mãe de duas crianças.
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