Vice-presidente diz que “Brasil não concorda com uma invasão"
Fabio Previdelli Publicado em 24/02/2022, às 12h03
Dias após o presidente Jair Bolsonaro visitar o líder russo Vladimir Putin e declarar ‘solidariedade’ ao país que acaba de invadir a Ucrânia, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, nesta quinta-feira, 24, que o Brasil é contra o ataque russo.
Além do mais, Mourão declarou que o Brasil não está neutro diante do episódio, defendendo, inclusive, o uso da força para conter a invasão da Rússia à Ucrânia. "Brasil não está neutro. O Brasil deixou claro que respeita a soberania da Ucrânia, então o Brasil não concorda com uma invasão".
Segundo a Reuters, ao chegar no Palácio do Planalto, o general de exército da reserva parou para conversar com a imprensa sobre o episódio. Entre suas declarações, Mourão também traçou um paralelo entre Hitler e Putin ao falar que, assim como em 1938, a comunidade internacional age com tentativas de apaziguamento.
O mundo ocidental está igual ficou em 38 com Hitler, na base do apaziguamento. O Putin, ele não respeita o apaziguamento. Essa é a verdade. Se não houver uma ação bem significativa ...E na minha visão meras sanções econômicas, que é uma forma intermediária de intervenção, não funcionam”.
Questionado sobre o que deveria ser feito para conter a situação, Mourão disse que usaria uma força superior à que está sendo usada. De acordo com o vice-presidente, caso a Rússia não seja contida, ela pode seguir os passos da Alemanha Nazista na Segunda Guerra.
“Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo vai ser a Moldávia, depois serão os estados bálticos e assim sucessivamente, igual a Alemanha hitlerista fez no final dos anos 30”, completou.
Após semanas de tensão entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin iniciou o que chamou de 'operação militar especial' da Rússia na Ucrânia, como repercutiu a Fox News nesta quinta-feira, 24.
De acordo com o veículo internacional, através de um pronunciamento, o presidente da Rússia disse que o confronto com as forças ucranianas é 'inevitável'.
Tomei a decisão de conduzir uma operação militar especial. Nossa análise concluiu que nosso confronto com essas forças (ucranianas) é inevitável".
Putin, que descreve a ação como uma resposta a supostas 'ameaças da Ucrânia', mandou recado para nações que tentarem intervir na 'operação'.
"(...) Algumas palavras para aqueles que seriam tentados a intervir: a Rússia responderá imediatamente e você terá consequências que nunca teve antes em sua história", disse ele.
Segundo levantamento preliminar da Polícia Nacional e o Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia, até o momento, ao menos 63 pessoas morreram, entre civis e militares, após a invasão. Além do mais, ao menos 20 militares foram feridos nas cidades Nikolaev, Berdyansk, Skadovsk, Myrhorod e Odessa.
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