Uma apoiadora do maior opositor de Vladimir Putin foi condenada por um tribunal de Moscou; a sentença, no entanto, tem sido considerada injusta e infundada
Giovanna Gomes Publicado em 30/12/2023, às 08h14
Uma mulher que liderava a organização, agora proibida, do líder da oposição Alexei Navalny na cidade siberiana de Tomsk, foi condenada a nove anos de prisão em Moscou, que vem adotando uma postura cada vez mais rígida contra dissidentes.
Ksenia Fadeyeva, de 31 anos, chefiava o escritório político de Navalny na região onde o líder da oposição foi envenenado em agosto de 2020 durante uma campanha eleitoral. Mesmo após a rotulação do movimento de Navalny como "organização extremista" em 2021, ela se recusou a fugir e foi presa em dezembro do mesmo ano sob a acusação de liderar um grupo "extremista". As informações são da agência ANSA Brasil.
Os seguidores de Navalny afirmam que essa é apenas a mais recente de uma série de duras sentenças contra a oposição russa, com o Kremlin intensificando a repressão desde o início da operação militar na Ucrânia em 2022.
Advogados e apoiadores classificaram o julgamento proferido pelo "juiz" Khudyakov como uma farsa e o advogado Semyon Vodnev declarou, em um vídeo publicado pelo veículo de mídia independente Sota, que o processo não tinha "nada a ver com justiça". De acordo com Vodnev, a sentença de Fadeyeva é "ilegal, infundada e injusta".
Também a Fundação Anticorrupção, movimento liderado por Navalny, afirmou: "Ela não cometeu nenhum crime, é uma política corajosa que lutou contra o regime corrupto de Putin".
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