Aos 95 anos, líder autoritário que foi destituído por um golpe militar faleceu em hospital de Singapura
Joseane Pereira Publicado em 06/09/2019, às 11h00
Robert Mugabe, o ex-presidente do Zimbábue que lutou pela emancipação do país, e governou de forma autoritária, morreu nesta sexta-feira (06) aos 95 anos. A morte foi anunciada por seu sucessor, o presidente Emmerson Mnangagwa.
"É com a maior tristeza que anuncio a morte do pai fundador e ex-presidente do Zimbábue, Robert Mugabe", escreveu ele no Twitter. “Mugabe era um ícone da libertação, um pan-africanista que dedicou sua vida à emancipação e capacitação de seu povo. Sua contribuição para a história de nossa nação e continente nunca será esquecida. ”
Desde a independência do Zimbábue em 1980, Mugabe era o único governante que o país conhecia. Líder pan-africanista e ícone da libertação contra o colonialismo e imperialismo britânico nos anos 70, ele presidiu o governo durante quase quatro décadas. Entre seus feitos, esteve uma reforma agrária levada ao extremo, que retirou terras das mãos de 4 mil agricultores brancos, e os gastos exorbitantes em festas e celebrações com sua esposa, Grace Mugabe.
Em novembro de 2017, oficiais do Exército se voltaram contra ele, que foi forçado por seu próprio partido político a renunciar. Seu substituto, o sr. Mnangagwa, descreveu Mugabe como "um dos pais fundadores e líderes da nação" durante a posse presidencial. Apesar de ser considerado ditador, em muitos pontos da África Mugabe era respeitado como um estadista ancião, que carregava em si a experiência da luta contra a opressão das potências ocidentais com relação ao continente Africano.
Em um segundo post no Twitter, Mnangagwa afirmou: “O comandante Mugabe era um ícone da libertação, um pan-africanista que dedicou sua vida à emancipação e empoderamento de seu povo. Sua contribuição à história da nossa nação e do continente nunca será esquecida. Que sua alma descanse na paz eterna”.
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