Nesta segunda-feira (17), o ex-presidente, derrubado pelo exército em 2013, estava em um tribunal quando teve um mal súbito e faleceu
André Nogueira Publicado em 17/06/2019, às 14h00
Após as revoltas da Primavera Árabe, Mohamed Morsi foi o primeiro presidente democraticamente eleito. Entretanto, a eleição foi considerada fraudulenta ou manipulada. Seu partido, a Irmandade Islâmica, é por muitos considerado traidor dos Movimentos da Praça Tahrir. Nesta segunda-feira (17), o político morreu após um mal súbito.
Morsi passou, desde 2013, por diversos processos legais envolvendo sua eleição e práticas complicadas de seu governo, desde que foi derrubado por uma junta militar liderada por Abdel Fattah al-Sisi.
No total, o ex-presidente já tinha sido condenado a 45 anos de prisão e revertera uma condenação à morte e outra à prisão perpétua. Entre seus atos, se destacam incitação à violência contra manifestantes e espionagem ilegal em favor de alianças do Qatar.
O fundamentalista estava em uma das sessões de julgamento quando desmaiou e morreu em plena sessão. Seu corpo foi levado a um hospital. Inimigo de muitos, a morte de Morsi não poderia acontecer ser levantar suspeitas, mas até agora, nada foi amplamente divulgado sobre o caso.
O clima no Egito deve se complicar com o ocorrido. Amado ou odiado, Morsi tinha peso, mesmo preso, nas perspectivas políticas no Egito contemporâneo.
O tratamento do governo em relação a Morsi também levanta polêmicas, podendo agravar ainda mais os próximos dias de reação à morte do líder político-religioso.
Segundo jornalistas europeus, ele era obrigado a passar quase o dia inteiro na solitária, em condições próximas à tortura. O ex-presidente era diabético e possuía problemas nos rins e no fígado. A situação leva a crer que a atual situação agravou o quadro do político, resultando na morte.
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