Uma nova análise indica que o objeto misterioso não era um caldeirão de cozinha como pensavam
Redação Publicado em 08/09/2023, às 15h52 - Atualizado às 16h19
Em 1980, a surpreendente descoberta de um objeto de cobre próximo a um naufrágio espanhol a 50 metros de profundidade intrigou pesquisadores, que inicialmente o identificaram como um simples caldeirão de cozinha. Porém, uma investigação recente trouxe à tona uma reviravolta espetacular: o objeto pode ser parte de um submarino primitivo do século 17, conhecido como sino de mergulho.
Nesta sexta-feira, 8, o site Live Science divulgou a conclusão dessa pesquisa, que lançou nova luz sobre a verdadeira natureza do item. O sino de mergulho, como era chamado, era utilizado antigamente para transportar mergulhadores até as profundezas do oceano.
Guardado no Museu Mel Fisher, na Flórida, nos Estados Unidos, o objeto provavelmente se perdeu durante uma missão de resgate dos tesouros do naufrágio espanhol Santa Margarita, ocorrido em 1622 nas águas do Estreito da Flórida, separando o estado do sul dos EUA de Cuba. No século 17, submarinos rudimentares eram empregados por mergulhadores em águas rasas, muitas vezes sendo abertos na parte inferior e preenchidos com ar para a imersão, de acordo com a Galileu.
A hipótese do sino de mergulho ainda precisa ser submetida à revisão de outros pesquisadores, mas já foi apresentada na edição de agosto da revista Wreckwatch. Sean Kingsley, arqueólogo marítimo e editor da publicação, é um dos membros da equipe que fez a descoberta, juntamente com seu colega Jim Sinclair.
O objeto de cobre possui um diâmetro de 147 cm, tamanho considerado excessivo para um simples caldeirão, além de não apresentar sinais de carbonização ou aquecimento, que seriam evidentes se fosse utilizado para cozinhar alimentos. "Todo mundo o chamava de caldeirão de cobre", disse Sinclair ao Live Science. "Mas eu vi alguns navios de madeira antigos e [caldeirões] não se pareciam nada com isso”.
Outro indício relevante é que o objeto misterioso foi encontrado próximo a vários lingotes de ferro, sugerindo que eles poderiam ter sido usados como âncoras para mantê-lo no fundo do mar.
Os pesquisadores concluíram que a cúpula de cobre descoberta na Flórida em 1980 provavelmente era o topo de um sino de mergulho. Eles especulam que o aparato poderia ter sido protegido por múltiplos painéis inferiores, possivelmente feitos de madeira e couro, revestidos de metal, embora esses materiais ainda não tenham sido encontrados nas proximidades do Santa Margarita.
Existem todas essas convergências de informações, e elas parecem apontar todas em uma direção", diz Kingsley.
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