Universidade de Edimburgo busca parentes das vítimas para devolver restos mortais e encerrar um capítulo trágico da história forense
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 09/12/2024, às 14h30
Quase um século após um dos crimes mais chocantes e inovadores da história forense, a Universidade de Edimburgo busca por familiares de Isabella Ruxton e Mary Rogerson, vítimas de um brutal assassinato em 1935. O caso, conhecido como "The Jigsaw Murders", é considerado um marco na investigação criminal, graças ao uso pioneiro da ciência forense para desvendar um crime complexo.
O responsável pela chacina foi o próprio marido de Isabella, o Dr. Buck Ruxton, que, movido por ciúmes e possessividade, assassinou a esposa e a babá, Mary, esquartejando seus corpos e espalhando os pedaços para dificultar a identificação.
"Seus corpos foram descartados em uma floresta em Dumfriesshire", pontua a Universidade de Edimburgo em comunicado.
A polícia, com a ajuda de cientistas forenses da Universidade de Edimburgo, utilizou métodos inovadores como a análise de impressões digitais e o estudo de insetos para reconstruir os corpos e identificar o assassino.
O caso de Ruxton foi um marco na história da investigação criminal, pois demonstrou o potencial da ciência forense em resolver crimes complexos. A utilização de técnicas como a superimposição fotográfica e a entomologia forense permitiu aos investigadores construir um caso sólido contra o médico, levando à sua condenação e execução.
"Simplificando, qualquer coisa antes desse caso era história antiga. Qualquer coisa depois do caso é uma investigação moderna, integrada e liderada pela ciência forense", disse Tom Wood, um ex-policial inglês, à BBC.
Segundo o 'People', apesar da resolução do caso na época, um mistério permanece: o paradeiro dos familiares das vítimas. Após a descoberta de alguns restos mortais nos arquivos da universidade, a instituição lançou um apelo público para encontrar possíveis parentes vivos. O objetivo é devolver os restos mortais às famílias e proporcionar um encerramento digno para essa história trágica.
"Queremos fazer o que é moralmente correto para as mulheres e seus familiares. Nosso apelo gerou inúmeras consultas e agora estamos trabalhando para buscar pistas. Este é um processo delicado, que requer anonimato para todos os envolvidos, e devemos garantir que seja tratado com o máximo cuidado", afirmou a universidade em seu comunicado.
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