O equipamento foi criado por cientistas americanos e pode ajudar na medicina
Isabela Barreiros Publicado em 01/12/2021, às 12h02
Uma minicâmera do tamanho de um grão de sal grosso foi desenvolvida por pesquisadores e pode revolucionar a ciência ao ser capaz de colaborar com especialistas principalmente na área da medicina.
Cientistas das universidades de Princeton e de Washington foram responsáveis pela invenção, que foi anunciada pela publicação de um artigo na revista científica Nature Communications na última segunda-feira, 29.
Aplicar uma tecnologia tão complexa quanto a de uma câmera em um dispositivo tão pequeno não foi uma tarefa fácil.
Eles tiveram que evitar que as fotos saíssem distorcidas, o que geralmente acontece com câmeras com campo de visão limitado.
O mais interessante da invenção é que ela pode ser usada na medicina ao ser usada durante endoscopias, permitindo um procedimento minimamente invasivo feito em conjunto com robôs, por exemplo.
A minicâmera consegue produzir imagens nítidas e coloridas mesmo sendo extremamente pequena a partir de suas metassuperfícies feitas de nitreto de silício, que tem um milímetro de largura, um funcionamento diferente das câmeras convencionais, que usam lentes de vidro ou plástico.
Essas metassuperfícies são compostas de 1,6 milhão de pinos cilíndricos que funcionam como uma espécie de antenas ópticas que fornecem os sinais corretos, a partir da interação com a luz, para que as fotografias sejam tiradas.
Os cientistas testaram a invenção a partir de comparação com outros equipamentos já existentes, como câmeras convencionais ou de metassuperfície.
Eles perceberam que a qualidade da minicâmera é até mesmo melhor que as dos produtos da mesma categoria.
Um dos líderes da pesquisa, Ethan Tseng, explicou, segundo noticiado pela revista Galileu, que foi um desafio desenvolver o aparelho especialmente porque se tratam de miniestruturas sendo utilizadas no equipamento. A expectativa agora é dar mais habilidades à minicâmera.
“Poderíamos transformar superfícies individuais em câmeras com resolução ultra-alta, para que você não precisasse mais de três câmeras na parte de trás do seu celular, mas toda a parte de trás dele se tornaria uma câmera gigante. Podemos pensar em maneiras completamente diferentes de construir dispositivos no futuro”, contou Felix Heide, um dos autores da pesquisa.
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