O homem, que não teve seu nome divulgado, foi identificado como portador da síndrome de vazamento capilar sistêmico (SCLS)
Redação Publicado em 24/07/2023, às 18h21
No último dia 5, a revista de medicina, BMJ Case Repots, divulgou que um homem desenvolveu uma condição sanguínea rara, após ter mergulhado em uma caverna subaquática. O mergulhador de 40 anos foi identificado como portador da síndrome de vazamento capilar sistêmico (SCLS).
Como repercutido pela Live Science, a condição é resultado de uma complicação da doença de descompressão, que consiste na presença de bolhas de ar no sangue de pessoas que estiveram nas profundidades de corpos d’agua (que possuem alta pressão) e passaram rapidamente para a superfície (onde a pressão é menor), fazendo com que o fluido dos vasos sanguíneos se disperse.
Conforme repercutido pela Revista Galileu, os responsáveis pelo caso, oriundos da Universidade de Florida, nos Estados Unidos, explicaram que a condição levou o mergulhador a procurar cuidado médico no dia seguinte de sua expedição por experienciar falta de ar:
A síndrome de extravasamento capilar sistêmico é um distúrbio raro da função endotelial caracterizada pelo extravasamento de plasma e proteínas para o espaço intersticial”, afirmaram.
Um dos professores da universidade que socorreu o mergulhador, Ali Ataya, esclareceu que a condição do mergulhador é uma grave manifestação de SCLS, o que resultou no vazamento da proteína encarregada de manter o fluido nos vasos.
No caso do homem, pensamos que as bolhas de ar que se formam na subida durante a descompressão resultam em uma cascata pró-inflamatória nos vasos sanguíneos, o que os tornam mais permeáveis. Isso resulta no vazamento de proteína e fluido, o que leva à SCLS”, afirmou Ataya.
Ataya também afirmou que a equipe responsável pelos cuidados do mergulhador trataram o paciente com prontidão e que o mesmo foi liberado do hospital em menos de uma semana.
Jeffrey Cooper, que atua no do Centro Médico da Universidade de Nebraska, como professor do departamento de medicina de emergência, chamou atenção para a necessidade de conscientização sobre doenças que afetam mergulhadores.
Se alguém entrasse no departamento de emergência como este homem, eu poderia ter considerado doença de descompressão; mas como a apresentação do caso era tão incomum, eu poderia ter me enganado e pensado que algo a mais estava acontecendo, como sepse ou alergia”, afirmou Cooper ao Live Science.
O especialista também certificou que os mergulhadores não devem temer condições como essa, pois milhões de pessoas exploram as profundezas aquáticas todos os anos sem qualquer complicação.
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