Paul Braithwaite, o “menino mais alérgico do mundo" - Divulgação/Kelly Thornton
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‘Menino mais alérgico do mundo’ morre aos 20 anos e pai desabafa: ‘Ele sempre quis ser normal’

Paul Braithwaite morava na Inglaterra e teve seu crescimento atrofiado pelas medicações

Redação Publicado em 07/07/2022, às 10h19

O jovem inglês conhecido como “menino mais alérgico do mundo” morreu na terça-feira, 5, aos 20 anos em Manchester, na Inglaterra. Paul Braithwaite foi diagnosticado com "gastroenteropatia eosinofílica" ainda quando bebê.

A doença rara — cujo último caso havia sido registrado somente em 1906 — causa dores abdominais em decorrência de infiltração de eosinófilos, que são células de defesa do sangue, no trato gastrointestional e geram uma série de alergias.

Para tratar a doença, Braithwaite tinha que tomar vários medicamentos que fizeram com que seu crescimento fosse atrofiado, por isso, ele ainda vestia roupas para crianças entre 10 e 11 anos, mesmo tendo 20.

Segundo reportou o jornal O Globo, o menino possuía inúmeras restrições devido à condição de saúde. Caso tivesse contato com a luz do sol, grama, animais, poeira e alguns tipos de tecidos, por exemplo, Paul vomitava e tinha erupções cutâneas.

Só queria uma vida “normal”

Em entrevista ao tabloide britânico The Sun, os pais do garoto contaram como ele queria apenas ter uma vida “normal” em que pudesse ter um cachorro, dirigir, e até mesmo dar uma volta no quarteirão de sua casa sem o sofrimento causado pela doença.

“Ele só queria viver uma vida normal: queria ter um cachorro, queria aprender a dirigir e dar a volta no quarteirão. Ele tinha um conjunto de necessidades muito complexas e lutava a cada passo. Esteve em ambulâncias aéreas, reanimação e terapia intensivas e nada o derrubou”, disse Kelly, mãe de Paul.

Ela ainda relatou que o filho "tinha vergonha de sua aparência e de quão pequeno ele era. Mas a coragem dele era inigualável. Ele não pediu para nascer assim, fez tudo o que pude por ele". 

O pai do menino, Darren Braithwaite, também falou ao jornal: “Ele era muito solitário, mas era feliz assim. A vida é muito curta. Tudo o que ele sempre quis foi ser normal”.

O funeral de Paul acontecerá no dia 18 de julho.

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