Desenhos sobrepostos de três guerreiros e imagem da pequena tábua de pedra encontrada na Espanha - Divulgação/CSIC/E. Rodríguez/M. Luque
Arqueologia

'Lousa de pedra' de 2.500 anos é descoberta na Espanha

No objeto, descoberto em sítio arqueológico no sudoeste da Espanha, chamam a atenção desenhos de batalha e alfabeto antigo do povo tartessiano; confira!

Éric Moreira Publicado em 15/06/2024, às 12h20

Recentemente, arqueólogos da Espanha descobriram, durante escavações no sítio arqueológico Casas del Turuñuelo, referente ao povo tartessiano, no sudoeste do país, uma tabuinha com antigos desenhos de cenas de batalha e até mesmo um alfabeto antigo. O achado data de 2,5 mil anos atrás, segundo comunicado do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) do país.

O povo de Tartessos, vale mencionar, foi uma antiga civilização da Península Ibérica, que se estabeleceu na região por volta do século 8 a.C.. Eles eram conhecidos principalmente por seu elaborado sistema de escrita, mas desapareceram misteriosa e completamente por volta do século 4 a.C. — possivelmente eliminados pelo povo de Cartago.

+ Mistério do passado: O que sabemos sobre a antiga civilização de Tartesso?

Detalhes

Na pequena lousa, que possui cerca de 20 centímetros de comprimento, de acordo com uma declaração do CSIC, estão esculpidos uma "sequência de 21 sinais" em um tipo de alfabeto paleo-hispânico. Porém, infelizmente uma parte da lousa foi quebrada, por isso não há como saber o que havia na parte faltante.

A antiga lousa de pedra / Crédito: Divulgação/CSIC

 

Pelo menos [seis] sinais teriam sido perdidos na área dividida da peça, mas se fosse completamente simétrica e os sinais ocupassem completamente três dos quatro lados da placa, poderia chegar a 32 sinais", pontua o pesquisador em filologia paleo-hispânica (o estudo da estrutura e desenvolvimento da linguagem) da Universidade de Barcelona, Joan Ferrer i Jané, ainda no comunicado.

Além do alfabeto, repercute o Live Science, também podem ser vistas gravuras que representam três guerreiros em batalha. Segundo os pesquisadores, aquele pequeno fragmento de pedra pode ter sido utilizado por um artista de Tartesso, para aperfeiçoar sua técnica antes de esculpir peças de ouro, marfim ou madeira.

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