Lucas Bossi, irmão de garoto desaparecido em 1992, questiona autoridades sobre causa
Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 11/06/2022, às 12h44
Depois de 30 anos do desaparecimento de Leandro Bossi, na cidade de Guaratuba, no litoral paranaense, a polícia do estado do Paraná identificou a ossada do garoto. A informação foi dada na tarde da última sexta-feira, 10, pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
Mesmo com tantos anos desde o desaparecimento do garoto, a família nunca deixou de ter esperanças de encontrá-lo, até que sua morte foi confirmada recentemente. No entanto, após a identificação do corpo do menino, com compatibilidade de 99,9% em teste de DNA com material genético fornecido por sua mãe, novas dúvidas surgiram na família.
Lucas Bossi, irmão de Leandro Bossi, questionou a falta de detalhes no anúncio pelas autoridades responsáveis, apontando que a família ainda não sabe sequer onde foi encontrada a ossada analisada pelo governo, conforme notificado pelo portal G1.
Por sua vez, Wagner Mesquita, secretário de Segurança Pública, afirmou que a identidade de Leandro foi descoberta a partir do envio de oito amostras de ossadas a uma análise mais detalhada, mas sem informações sobre a origem e as datas delas.
Para Lucas, no entanto, a justificativa do governo foi confusa, de forma a questionar se a ossada identificada recentemente não pode ter sido a mesma analisada em 1993 — um ano após o desaparecimento de Leandro Bossi —, que a família foi informada pertencer a uma menina. Hoje, 11, foi confirmado que o corpo de 1993 realmente pertencia a Leandro Bossi.
Lucas Bossi ainda acrescentou em entrevista para o g1 que a confirmação da descoberta do corpo de seu irmão levantou mais perguntas ainda para a família, como quando, de fato, o garoto morreu, e ainda 'quem o matou?'. Lucas também lamenta a demora em alcançar uma resposta, já que seu pai, que faleceu ano passado, viveu os últimos 29 anos de sua vida buscando seu filho.
Então há 30 anos meu pai poderia ter enterrado o Leandro? Ter tido outra vida, quem sabe... Todos nós poderíamos ter tido outras vidas. Tudo se dá a partir de alguma outra coisa. Eu acho que foi uma grande privação da verdade [...] É bem complicado. Quando meu pai faleceu ano passado, inclusive, no atestado de óbito dele, consta que ele deixou o filho Leandro vivo. Isso já é uma burocracia para a gente agora começar a lidar com isso".
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