Juiz impede mulher de acompanhar a execução do pai nos Estados Unidos

Após um crime ocorrido em 2005, quando tinha 19 anos, Kevin Johnson, de 37 anos, será executado nos EUA nesta terça-feira, 29. No entanto, um pedido feito por ele não foi acatado por um juiz. 

Johnson havia solicitado que sua filha de 19 anos estivesse presente durante a execução, no entanto, um juiz rejeitou o pedido ao alegar que a mulher não tem idade suficiente para isso.

A ONG American Civil Liberties Union, conforme repercutido pela BBC, agiu pelo condenado e iniciou uma moção de emergência, destacando que a lei estadual é responsável por violar os seus direitos. No Missouri, a lei impede que pessoas que têm menos de 21 anos estejam presentes na execução.

A ONG enfatiza que a idade presente na lei do Missouri não tem propósitos para fins de segurança, todavia, a decisão do juiz permanece a mesma. 

O caso

Kevin foi condenado pela morte de William McEntee, policial local e pai de três filhos. Com a decisão, a defesa do homem entrou com recursos para impedir a execução, mas não obtiveram sucesso. 

A culpa de Kevin no caso não é contestada pela defesa, contudo, fora enfatizado que o racismo foi crucial para chegar na decisão da pena de morte. 

Kevin Johnson encara a vida atrás das grades desde que sua filha tinha dois anos. O contato com Ramey se deu por visitas, cartas, troca de e-mails e comunicação via telefonema. 

Em outubro deste ano, Ramey até mesmo fez com que o pai conhecesse o neto, recém-nascido, na prisão. "Estou com o coração partido por não poder estar com meu pai em seus momentos finais", destacou a jovem num comunicado. Ela também destacou que Kevin se esforçou para conseguir uma nova vida e que esperava a clemência do governador local.