Jogadores iranianos perfilados durante execução do hino nacional - Getty Images
Copa do Mundo

Jogadores iranianos tiveram seus familiares ameaçados de tortura e prisão

Ato aconteceu diante de comportamento dos atletas na partida de estreia na Copa do Mundo; entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 29/11/2022, às 11h59 - Atualizado às 12h14

Em protesto contra a morte da jovem curda Mahsa Amini, os jogadores do Irã não cantaram o hino nacional na estreia do país na Copa do Mundo FIFA Qatar 2022. Na ocasião, eles saíram derrotados por 6x2 para a Inglaterra. 

No jogo seguinte, contra País de Gales, os atletas respeitaram o hino, mas se ajoelharam durante sua execução. O ato não agradou em nada o governo iraniano, que passou a ameaçar de prisão e tortura os familiares dos atletas. 

Sob pressão

A informação foi confirmada nesta terça-feira, 29, por um funcionário envolvido na segurança dos jogos. Segundo repercutido pela Veja, caso os atletas não se “comportem” antes do jogo diante os Estados Unidos, marcado para às 16 horas (de Brasília) de hoje, 29, seus familiares sofrerão represálias. 

À CNN, a fonte, que pediu para manter seu anonimato, disse que após a estreia da seleção, em 21 de novembro, os jogadores foram convocados pelo Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (CGRI) para uma reunião. 

Na conversa, que teria sido de teor nada amigável, foi dito que seus familiares enfrentariam “violência e tortura” caso os atletas não cantassem o hino nacional ou aderissem qualquer tipo de protesto político contra o país. 

A partir das 16 horas, a seleção iraniana enfrenta os Estados Unidos num confronto direto por uma vaga nas oitavas-de-final da Copa do Mundo — quem vencer se classifica. O empate favorece a nação do Oriente Médio. O duelo marca uma rivalidade de mais de quatro décadas fora de campo.

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