Parte do jarro encontrado em cemitério infantil - Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel
Idade do Bronze

Jarro de quase 4 mil anos contendo esqueleto de bebê é desenterrado em Israel

A inusitada descoberta foi feita na histórica cidade de Jaffa e ainda está intrigando os pesquisadores

Alana Sousa Publicado em 22/12/2020, às 12h10

Arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel encontraram na antiga cidade de Jaffa, perto de Tel Aviv, Israel, uma jarra de 3.800 anos contendo um esqueleto de bebê. A descoberta surpreendente remonta ao segundo período da Idade do Bronze e intrigou a equipe de estudiosos.

Em entrevista ao portal Live Sciente, um dos membros da equipe israelense, Yoav Arbel, explicou que não é incomum encontrar cemitérios repletos de sepulturas infantis, porém, ainda não está claro qual era o objetivo de enterrar o recém-nascido dentro de um frasco.

“Você pode ir para a coisa prática e dizer que os corpos eram tão frágeis, [talvez] eles sentiram a necessidade de protegê-los do meio ambiente, mesmo estando morto”, especulou Arbel. E acrescentou ainda que “há a interpretação de que o jarro é quase como um útero, então basicamente a ideia é devolver [o] bebê de volta à Mãe Terra, ou à proteção simbólica de sua mãe”.

O artigo, publicado originalmente na revista Atiqot, também ressaltou a importância da cidade de Jaffa para entender melhor a descoberta do jarro. A região, que é uma das mais antigas de Israel, já foi habitada por diferente povos desde 900 a.C..

“Existem diferentes períodos em que as pessoas enterravam bebês em potes em Israel”, afirmou Arbel. Explicando que o costume está ativo desde “a Idade do Bronze até menos de 100 anos atrás”.

Sobre arqueologia

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.  

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