Imagem meramente ilustrativa de vacina - Divulgação/ Pixabay/whitesession
Coronavírus

Italiano usa braço de silicone para não ser vacinado

O homem estava tentando conseguir o “passaporte da vacina” exigido pelo governo para entrada em estabelecimentos

Isabela Barreiros Publicado em 06/12/2021, às 14h33

Um italiano de 50 anos tentou enganar uma enfermeira que aplicava vacinas em Biella, Piemonte, no norte da Itália, ao usar um braço de silicone para não receber a dose do imunizante e conseguir o “passaporte covid”, na última quinta-feira, 2.

A profissional da saúde, Filippa Bua, explicou que percebeu a fraude quando o homem chegou para receber a vacina e mostrou o braço que tinha uma cor de pele diferente, “muito mais clara em comparação com as mãos ou o rosto do paciente”.

Ela então contou que começou a inspecionar o paciente e constatou que se tratava de um braço falso de silicone. As informações são da CNN.

“A princípio, senti pena do homem, pensando que ele tinha uma prótese e me perguntando se de alguma forma eu o havia forçado a me dar o braço errado”, continuou. “Mas então ele admitiu que estava usando o braço falso de propósito para evitar tomar a vacina!”

No começo fiquei surpresa, depois fiquei com raiva, me senti ofendida profissionalmente. Ele não mostrou respeito por nossa inteligência e nossa profissão”, disse a enfermeira. “Eu nunca esperaria uma coisa dessas em minha vida.”

O caso gerou indignação e fez com que o governo regional do Piemonte divulgasse uma nota condenando o episódio. O presidente de Piemonte, Alberto Cirio, afirmou em um vídeo que aquilo foi uma “uma ofensa ao sistema de saúde da região, que está entre os primeiros da Itália em capacidade de vacinação e doses de reforço”.

“O caso poderia ser classificado como ‘ridículo’, mas estamos falando de um gesto de enorme gravidade, inaceitável pelo sacrifício que toda a comunidade está pagando pela pandemia”, diz a nota.

A Itália estabeleceu uma medida que exige a apresentação de um “super passe verde”, ou seja, a comprovação de que a pessoa já foi totalmente imunizada contra a covid-19, para entrar em estabelecimentos de entretenimento como restaurantes, teatros, entre outros.

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