Vídeo postado no perfil da Cinemateca explica significado da ambígua logomarca
Luisa Alves, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 13/07/2022, às 15h57
A identidade visual da Cinemateca Brasileira sempre foi alvo de polêmica. Até mesmo um vídeo esclarecendo o real significado de sua logomarca, que é constantemente comparada a um pênis, já foi divulgado. De título "Precisamos falar sobre o logo da Cinemateca Brasileira", a publicação foi ao ar no dia 16 de novembro de 2016.
A logomarca da Cinemateca Brasileira —instituição responsável pelo armazenamento e preservação de produções da história do audiovisual brasileiro—gera polêmicas desde sua criação, há 70 anos, e depois de comentários deixados pelos internautas no perfil da página no Facebook, a instituição explicou em post, que a logo, é na verdade, baseada em corte transversal de projetor de filmes.
Leandro Pardi, coordenador de difusão da Cinemateca Brasileira, na época, que existe um conceito artístico por trás da logomarca mal compreendida:
"Sempre há insinuações fálicas sobre o logo. Há um estudo artístico por trás dele e todo um conceito. A gente achou que agora era o momento certo por causa dos 70 anos da Cinemateca. Esse vídeo faz parte uma ação para celebrar a data", disse ele em 2016. "A gente já se acostumou com esses comentários, é uma coisa contínua e queremos contextualizar e explicar o seu significado", acrescentou sobre os comentários.
Os comentários comparativos continuaram, mesmo após a postagem do vídeo, mas ainda assim não foram anunciados projetos para sua mudança, sendo a logo a mesma até hoje.
"Não há nenhum estudo nem projeto para uma mudança. Para isso, deveria haver uma conversa com o Ministério da Cultura e a Secretaria do Audiovisual", explicou Leandro.
A arte que representa o corte transversal de projetor de filmes foi criada em 1954 por Alexandre Wollner, artista paulistano de 88 anos. Alexandre é criador de logomarcas como a do Itaú, Elevadores Atlas e Hering, sendo considerado um dos principais nomes do design no Brasil.
O designer desenhou a marca para a filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, local que mais tarde tornou-se a conhecida Cinemateca. A arte já passou por modificações de tamanho e cor, além de ter elementos encurtados e o nome da instituição acrescentado.
"No vídeo, a gente tenta explicar o conceito do Wollner. O nosso papel é fornecer a história, mas como as pessoas interpretam, foge do nosso campo", explicou. "É muito importante saber a opinião do público e que certamente levaremos em consideração os comentários pertinentes", explicaou Leandro.
"Foi o próprio Wollner que forneceu o material com a explicação da origem da logo", disse.
Em fevereiro desse ano, a Cinemateca postou em sua conta do Twitter mais explicações sobre a logo, mas não convenceu os internautas. Os comentários em resposta à publicação seguiram a linha de comparação.
a logo falica da cinemateca https://t.co/zU7vkGGk0f
— gato mto mto triste (@a_maf3) February 18, 2022
Segue parecendo o que sempre pareceu https://t.co/o0y7RXWRoq
— Rodrigo Heber (@Rodrigo_Heber42) February 19, 2022
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